Sem Messi, Argentina é puro sofrimento
Após vexame em Madri, hermanos reconhecem a dependência absoluta de seu camisa 10
A cada gol da Espanha na vitória por 6 a 1 em Madri, terça-feira, aumentava o temor da torcida da Argentina até alcançar a hecatombe do resultado final, que afundou a equipe de Messi nas trevas antes da Copa.
O ídolo e capitão, fora da partida para evitar aumentar uma lesão, viu o terremoto do camarote do Estádio Metropolitano e não conseguiu suportar a vergonha. A 12 minutos do fim da partida, deixou seu lugar para compartilhar o velório com seus companheiros no vestiário.
“A Argentina vai sofrer até o Mundial. Messi é um gênio e te salva de catástrofes, mas Sampaoli precisa buscar uma estrutura para sustentá-lo. Hoje toda a estrutura está com os parafusos soltos”, refletiu Jorge Valdano, campeão mundial em 1986.
A Argentina garantiu vaga na Copa graças à inspiração de Messi, que fez três gols sobre o Equador, na rodada final das Eliminatórias. Mas o time vem apresentando poucas ideias, fragilidades defensivas e falta de dinâmica coletiva. No país, o grupo é chamado de um combinado de bons jogadores sem estilo de jogo. Os convocados rendem muito mais em seus times europeus ou argentinos.
Existe uma nova geração que aparece, enquanto a de Messi está de saída: Lanzini (West Ham-ING), Martínez (Racing), Pavón (Boca Jrs.), Dybala (Juventus-ITA), Meza (Independiente) e Tagliafico (Ajax-HOL) são craques em potencial, mas pouco se conhecem em campo.
Areação dos torcedores não foi surpresa. Em enquete do site minutouno.com, diante da pergunta “você acredita que a Argentina pode ser campeã mundial”, 17,9% votaram sim, contra 82,1% do não. “A Argentina não tem time. Se Messi não estiver, não passamos da primeira fase ”, disse o campeão mundial em 1978, Daniel Bertoni.
A alviceleste está no grupo D ao lado de Islândia, Croácia e Nigéria. “Nos resta torcer que Messi esteja bem, mas não sei qualé o esquema do time ”, afirmou Mario K empes, campeão mundial em 1978.