Diretora de escola é baleada no carro em Belford Roxo
Secretário de Ordem Pública do município, assassinado quinta-feira, foi enterrado ontem. Polícia apreendeu um menor suspeito do crime
A professora Tânia Maria da Silva Lima, de 51 anos, foi baleada em um assalto no bairro Três Setas, em Belford Roxo, no fim da tarde de quinta-feira. Em estado grave, ela foi internada no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, em Duque de Caxias.
Parentes estiveram no hospital ontem e disseram que Tânia, mesmo com o quadro de saúde preocupante, chegou a apertar a mão da irmã. “Minha tia (Tânia) apertou a mão da minha mãe, dando provas a nós, da família, que ainda estava viva”, disse Weberson da Silva, sobrinho da professora.
Tânia foi encontrada baleada dentro do seu carro por policiais militares na Avenida Automóvel Clube. Ela é diretora da Escola Municipal Jorge Ayres de Lima e tinha saído de um evento de Páscoa na unidade quando foi atingida. “Ela vivia para o trabalho e para família. Nunca conheci um ser humano tão humano como ela”, destacou uma amiga de Tânia, em rede social.
Outra vítima da violência em Belford Roxo, o PM reformado e secretário de Defesa Civil e Ordem Urbana, Marcos Wander Silva de Oliveira, 42, foi enterrado ontem, mesmo dia em que um menor de 17 anos, suspeito de ter feito os disparos, foi apreendido. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Baixada (DHBF), outros quatro homens participaram do crime.
Marcos foi morto a tiros, na noite de quinta, em Heliópolis. Ele também estava de carro quando ladrões o abordaram e, momentos depois, fizeram os disparos, após perceberem que ele era um policial. Segundo Daniel Rosa, da DHBF, o carro do secretário, uma Nissan Frontier, foi achado no mesmo dia do crime, a poucos quilômetros do local. O servidor era secretário desde dezembro. “Ele era evangélico, casado e cursava faculdade de Gestão Pública”, informou a prefeitura.
A violência em Belford Roxo só tem aumentado. Segundo o Instituto de Segurança Pública, o total de roubos aumentou 115% no município este ano, em comparação ao mês de janeiro de 2017. Nas redes sociais moradores desabafaram. “Infelizmente estamos largados, vivendo e sonhando e dando sorte por acordar mais um dia porque a qualquer momento pode ser um de nós assaltado e ainda morrer mesmo sem reagir”, ressaltou um internauta.