Dia de ressaca tricolor após a eliminação no Carioca
Apesar da dor da torcida com derrota para o Vasco nos acréscimos, Abel Braga tenta evitar o clima de terra arrasada
Clima de ressaca no Fluminense. Um dia após a queda no Carioca, a expectativa se volta para as estreias na Copa Sul-Americana e no Campeonato Brasileiro, dias 11 e 15 de abril. Mas, até lá, o baque da derrota (3 a 2) para o Vasco, de virada, e com o time precisando do empate para ir à final, ainda vai tirar o sono da torcida.
O Fluminense foi campeão da Taça Rio de forma invicta e viu o atacante Pedro assumir a artilharia isolada do Carioca, com sete gols. Mas tais “analgésicos” não aliviam a dor de cabeça com a queda precoce na busca pelo título estadual que não vem desde 2012.
Apesar dessa ferida aberta, que não será cicatrizada de forma tão fácil, o técnico Abel prefere encarar a realidade de forma mais positiva. “Tivemos performance boa na Taça Rio. Tem de confiar no que tem sido feito. Por causa dessa derrota, não faremos terra arrasada. Estamos chegando no limite. Falar o que dos caras?”, disse, em tom de conformismo.
Conformismo que não condiz com o que o Fluminense apresentou em campo, quintafeira, no Maracanã. As falhas de marcação e a do goleiro Júlio César no terceiro gol vascaíno foram alguns dos motivos de crítica dos torcedores. Os erros de passes também irritaram.
“Temos responsabilidade, óbvio. Se reparar, nunca demos essa facilidade nos gols sofridos. Faltou um pouco de discernimento nosso”, disse Abel, que também não se conforma com a virada no placar:
“Pela situação do Vasco, a gente não poderia ter tomado dois gols. O primeiro foi grande jogada do Pikachu, mas não pode acontecer. No segundo, alguém tinha que diminuir o espaço do Paulinho. O terceiro saiu de falta do campo defensivo deles. Não poderíamos permitir isso”, reconheceu Abel.
Tivemos performance boa na Taça Rio. Tem de confiar. Por causa dessa derrota, não faremos terra arrasada”