PRESSÕES DA RUA E ATÉ DOS QUARTÉIS
Comandante diz que Exército está atento. Segurança em Brasília preocupa
Em um dia tenso em todo o país, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi ao Twitter à noite com uma espécie de advertência. “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.
A garantia da lei e da ordem é uma das responsabilidades das Forças Armadas. Mas essa atribuição só pode, de acordo com a Constituição, ser exercida por iniciativa de um dos poderes constitucionais (Legistativo, Executivo e Judiciário).
Para lidar com quem defende a liberdade ou prisão de Lula, as forças de segurança do Distrito Federal definiram fechamento do Eixo Monumental e reforço do policiamento nas proximidades do Supremo. Ontem, manifestantes tomaram as ruas de Copacabana, no Rio, para pedir a prisão de Lula. Curitiba e São Paulo também tiveram protestos com mais presença de público. Em Belo Horizonte, manifestantes a favor e contra a prisão de Lula realizaram protestos em duas praças distantes cerca de 800 metros.
No mundo da toga, o ministro Gilmar Mendes, desde Lisboa, Portugal, colocou mais gasolina no clima de combustão do STF. O magistrado afirmou que a condenação de um ex-presidente é negativa para a imagem do país.
Do outro lado, a procuradora da República, Raquel Dodge, disse que a execução de uma pena após quatro instâncias é exagero que “aniquila o sistema de justiça”.
Ativista, o coordenador da Lava Jato no MP do Paraná, procurador Deltan Dallagnol, defendeu sua posição de jejuar e fazer orações durante a sesão do STF, para defender a prisão em segunda instância.