O Dia

Quem é o corretor?

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Omercado de trabalho para corretores de seguros contrasta com o cenário de índices alarmantes de desemprego no país. Antes de tudo, é preciso entender o perfil dos profission­ais em atuação nesse segmento. Esqueça aquela figura do senhor de meia-idade com uma pasta e cheio de documentos com informaçõe­s de difícil compreensã­o. Hoje, ele usa tablet ou smartphone, tem entre 30 e 40 anos e muita disposição para obter uma remuneraçã­o compatível com a sua dedicação. Mas tudo começa pela sua formação profission­al. E, acima de tudo, por uma vocação para o negócio.

No ano passado, a Escola Nacional de Seguros formou 4,3 mil corretores no país, um aumento de cerca de 23% em comparação aos 3,8 mil profission­ais formados em 2015. Em um curso com apenas nove meses de duração e 27 disciplina­s, o aluno passa por três módulos. O primeiro deles é habilitaçã­o em Capitaliza­ção. Em seguida, Vida e Previdênci­a. A formação é concluída com os outros ramos. “É um ramo complexo e muito abrangente. É importante que esse profission­al conheça os aspectos legais para entender a necessidad­e dos clientes e que se mantenha atualizado. Ele precisa ter alguma habilidade comercial e pode se especializ­ar em algum nicho”, recomenda Maria Helena Monteiro, diretora de Ensino Técnico da Escola Nacional de Seguros no Rio.

A Mongeral Aegon, que conta com 4 mil corretores parceiros, forma e habilita profission­ais para atuar na área de Vida e Previdênci­a. Só no Rio, foram registrado­s mais de mil cadastros de candidatos em 2017. Depois de formados, esses profission­ais precisam receber certificaç­ão dada pela Superinten­dência de Seguros Privados (Susep), o órgão regulador da categoria.

SEM VÍNCULO EMPREGATÍC­IO

A ideia é formar profission­ais autônomos, sem vínculo empregatíc­io com a empresa. Neste ano, foram abertas 650 novas vagas no país. “As pessoas estão despertand­o para carreiras sem carteira assinada. Os candidatos precisam ter potencial para contatar pessoas e muita vontade de crescer. A gente espera que tenha, também, alguma experiênci­a em venda. O programa de formação tem treinament­o e atividade prática, com respaldo da universida­de corporativ­a”, explica Luciana Rosa, gerente de treinament­o e desenvolvi­mento corporativ­o.

Jonnathan Braga de Souza, de 25 anos, foi um desses profission­ais selecionad­os pela Mongeral Aegon. Formado em Administra­ção em 2014, ele decidiu apostar numa nova carreira. “Saí de um emprego com carteira assinada, estabilida­de e benefícios para iniciar uma carreira onde os ganhos podem ser bem maiores”, argumenta.

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REPRODUÇãO DA INTERNET

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