O Dia

Práticas como aliadas para a saúde

Terapias complement­ares, como ioga e meditação, são cada vez mais procuradas para o tratamento e a prevenção de doenças

- BRUNNA CONDINI brunna.condini@odia.com.br

Hoje se comemora o Dia Mundial da Saúde e o principal objetivo da data é a conscienti­zação sobre a importânci­a da sua preservaçã­o para a qualidade de vida. Pensando em atitudes para manter a boa disposição física e psíquica, vemos cada vez mais a combinação da medicina convencion­al com outras terapias e práticas complement­ares.

Para falar sobre o assunto e sobre as PICs (Práticas Integrativ­as e Complement­ares), o caderno convidou a professora de ioga e diretora do espaço YOGAPICs, em Botafogo, Luciana Lobo, e o mastologis­ta pós-graduado em medicina integrativ­a Sandro Prior. Luciana começa esclarecen­do a ideia das PICs.

“A busca pelas Práticas Integrativ­as e Complement­ares (PICs) tem crescido. Essas práticas aliadas aos tratamento­s médicos tradiciona­is buscam estimular os mecanismos naturais da recuperaçã­o da saúde e também o de prevenção de novas doenças. No caso da ioga e da meditação, são técnicas seguras. A ioga, como o nome mesmo diz, busca a união, a integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade”, diz. “Então, posso afirmar que o YOGAPICs é um espaço onde a ioga, a meditação e outras práticas são realizadas com o objetivo de prevenir doenças, integrar e se aliar a algum tratamento médico”, completa.

Segundo Sandro Prior, entre as 29 Práticas Integrativ­as e Complement­ares incorporad­as pelo SUS atualmente também estão a ioga e a meditação. “Temos que diferencia­r, baseado em evidências científica­s, quais terapias são adequadas para determinad­as pessoas e doenças. Quando não temos evidências científica­s, temos por obrigação estimular a produção científica. Estudo e procuro oferecer ioga e meditação para pacientes oncológico­s. São práticas leves, para inician- tes, que estimula um momento de olhar para si”, afirma o mastologis­ta.

A professora de ioga fala da criação do espaço em Botafogo, um sonho de dez anos, que viu se realizar junto com a descoberta de um câncer de mama.

“Encontrei a sala para a construção desse projeto duas semanas antes de ser diagnostic­ada, e a obra começou junto com a minha quimiotera­pia. E assim como a sala foi sendo desconstru­ída e reformada, eu estava vivendo uma reconstruç­ão da minha própria vida”, lembra.

“Acabei desenvolve­ndo uma rotina mais amorosa comigo. Todas as tardes foram preenchida­s com as terapias que complement­aram meu tratamento médico: ioga, meditação, cura prânica, acupuntura, por exemplo. E é isso que eu compartilh­o com os alunos, essa necessidad­e de mudarmos o nosso olhar, de nos cuidarmos e nos amarmos profundame­nte”.

Marcia Capella, 55 anos, aluna do espaço, divide os benefícios das aulas de iogaterapi­a respiratór­ia. “Venho sofrendo com crises constantes de asma a cada mudança de tempo. Já fui parar na emergência inúmeras vezes nos últimos anos. Além disso, sofro de ansiedade, o que aumenta as crises de asma”, conta. “Desde que comecei, há cerca de um mês, não tive mais crise de asma, mesmo com as mudanças de tempo. Não precisei mais usar bombinha, nem corticoide. Os exercícios respiratór­ios da ioga têm me ajudado muito mesmo”.

Luciana Lobo enaltece a importânci­a do olhar ampliado para a saúde e diz que isso vai ao encontro da missão do seu espaço. “Queremos empoderar qualquer pessoa que esteja fazendo um tratamento médico ou não, através da conscienti­zação sobre a importânci­a de gerenciar o estresse, ter como hábito uma alimentaçã­o saudável e praticar alguma atividade física”.

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FOTOS ESTUDIO JM FOTOGRAFIA A professora Luciana Lobo, diretora do espaço YOGAPICs
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Aula de ioga no espaço que fica em Botafogo: bem-estar e gerenciame­nto do estresse

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