O Dia

Procurador­a denuncia Bolsonaro por racismo

Filho dele, Eduardo, também deputado, a depender da PGR, pode virar réu por ofensa

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Raquel Dodge apresentou ao STF denúncia contra o deputado do PSL por ter dito que em visita a quilombos encontrou moradores “que nem para procriador servem mais”. Filho do presidenci­ável, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) também foi denunciado por ameaçar uma jornalista.

O deputado federal e précandida­to do PSL à Presidênci­a da República Jair Bolsonaro (RJ) foi denunciado por racismo contra quilombola­s, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs.

A procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, apresentou, na quinta-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra Bolsonaro. De acordo com a peça, em uma palestra no Clube Hebraica, no Rio, em abril de 2017, o deputado federal, em pouco mais de uma hora de discurso, “usou expressões de cunho discrimina­tório, incitando o ódio e atingindo diretament­e vários grupos sociais”. No evento, ele declarou, por exemplo, que “o afrodescen­dente mais leve lá (em um quilombo) pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador serve mais”.

A procurador­a-geral avaliou a conduta de Bolsonaro como ilícita, inaceitáve­l e severament­e reprovável, que “suas manifestaç­ões de incitação ao ódio e à discrimina­ção para revelar violação a interesse difuso de toda sociedade, constituci­onalmente protegido”.

Se condenado, Bolsonaro poderá cumprir pena de reclusão de 1 a 3 anos. A procurador­a-geral pede ainda o pagamento mínimo de R$ 400 mil por danos morais coletivos.

“Se faz brincadeir­a hoje em dia, tudo é ódio, tudo é preconceit­o Se eu chamo você de quatro olhos, de gordo, não tô ofendendo os gordos do Brasil.

O filho do deputado, Eduardo Bolsonaro (PSL -SP), também foi denunciado, por ameaçar uma jornalista e suposta ex-namorada Patrícia Lélis, por mensagens nas redes sociais.

Eduardo chamou Patrícia de termos pesados como “vagabunda” e “puta”, segundo queixa dela registrada na Polícia Civil. A pena prevista - de um a seis meses de detenção - pode ser convertida em medidas alternativ­as. A assessoria do

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DIVULGAçãO Eduardo e Jair Bolsonaro: pai e filho parlamenta­res no alvo da PGR

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