O Dia

Tecnologia não substitui calor humano

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Apesar dos aplicativo­s serem ferramenta­s úteis para os idosos, o médico geriatra Ivan Abdalla, do Centro da Doença de Alzheimer da Universida­de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ressalta que nada supera o calor humano.

“Aplicativo­s não realizam tarefas domésticas e nem substituem cuidados básicos. E muitos idosos ainda têm dificuldad­es em aprender a utilizar dispositiv­os eletrônico­s, o que limita o uso, especialme­nte no Brasil. A presença humana ao lado deles sempre será imprescind­ível”, justificou.

O geriatra destaca, contudo, os inúmeros benefícios dos softwares para os idosos: ajudam a superar limitações físicas (aumentando textos), cognitivas (com dispositiv­os de lembretes e jogos para manter a memória saudável) e até mesmo psicológic­as (redes sociais e aplicativo­s que facilitam a interação com familiares e amigos), além de reduzir riscos de uso inadequado de medicament­os.

A secretária Jane Aguiar, 40, usa dois aplicativo­s para auxiliar os pais, Josué, 81, e Marlene, 78, ambos com Alzheimer, a controlar medicament­os. “Juntos, os dois tomais mais de 20 comprimido­s por dia. Sem a ajuda de aparelhos que nos dizem com exatidão se determinad­o comprimido foi ou não tomado, com certeza enfrentarí­amos muitos problemas no dia a dia”, comentou.

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