Lula manda bilhete a manifestantes: ‘Estou muito agradecido pela resistência’.
Manifestantes se mantiveram três horas no prédio para ‘denunciar prisão ilegal’
Um grupo de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou ontem por três horas o triplex atribuído ao ex-presidente Lula no Guarujá, no litoral paulista. Além da ocupação, havia ainda um grupo de 70 apoiadores em frente ao triplex, com faixas dizendo “Se é do Lula, é nosso”, “Se não é, por que prendeu?” e “Povo sem Medo”.
“É uma denúncia da farsa judicial que levou Lula à prisão. Se o triplex é dele, então o povo está autorizado a ficar lá. Se não é, precisam explicar porque ele está preso”, disse o pré-candidato à Presidência do PSOL, Guilherme Boulos, que também participou do ato, nas redes sociais. A também pré-candidata Manuela D’Ávila (PCdoB) manifestouse a favor do ato em sua conta no Twitter, assim como o senador Lindbergh Farias (PT).
Os manifestantes chegaram ao Condomínio Solaris no início da manhã e abriram a bandeira do movimento e faixas na fachada do prédio com mensagens “Povo Sem Medo” e “Se é do Lula, é nosso”.
Segundo moradores, um portão do condomínio foi arrombado, o que é negado pelo movimento. Uma negociação entre policiais e advogados do MTST determinou a saída, após a ação atingir parte do objetivo. Os manifestantes queriam que a OAS se pronunciasse, como indicação de que o apartamento pertence à construtora. “Queremos saber quem vai pedir reintegração de posse. Se não é do Lula, o Judiciário terá que explicar por que prendeu o Lula por conta do tríplex”, disse.
De acordo com a advogada do MTST Débora Camilo, a ocupação era uma forma de protesto contra uma prisão política. “Queremos abrir os olhos da população para a prisão ilegal de Lula, que foi feita para tirá-lo da disputa presidencial. Não quebramos nada, estamos fazendo um ato pacífico. Queremos sair do triplex ainda hoje”, destacou.
Os manifestantes saíram pacificamente pouco antes do meio-dia.