Fluminense ganha mais uma vez de Scarpa na Justiça
Tribunal Regional do Trabalho mantém vínculo de jogador com os tricolores, que esperam entrar em acordo com o atleta
OFluminense perdeu na estreia no Brasileiro, no domingo, mas ontem o dia foi de vitória. O clube ganhou mais uma vez de Gustavo Scarpa na Justiça, graças à juíza Dalva Macedo, da 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, que negou um pedido dos advogados do meia para que ele fosse liberado para voltar a jogar pelo Palmeiras. Ela deu um prazo até 3 de maio para as duas apresentarem as razões finais no processo, a fim de dar a sentença. Até lá, o meia segue vinculado ao Tricolor, mas como não aparece no clube e teve seu contrato anulado com o Palmeiras, ele segue sem receber salários.
Scarpa foi ao Tribunal Regional do Trabalho 1ª Região (TRT-RJ) ontem, mas preferiu não falar com a imprensa. Desde que o mandado de segurança que o liberou para atuar no Palmeiras foi cassado, em 15 de março, o jogador mantém a forma física em Hortolândia, no interior de São Paulo. A favor dele está apenas o Ministério Público do Trabalho, que já manifestou ser favorável à sua liberação para o clube paulista. Mas a decisão, entretanto, cabe exclusivamente à juíza.
A briga judicial começou no dia 22 de dezembro, quando Scarpa entrou na Justiça para cobrar R$ 9,2 milhões entre vencimentos atrasados, direitos de imagem e depósitos do FGTS. No dia 11 de janeiro, um dia após a juíza Dalva Macedo negar um pedido de tutela de urgência feito pelo jogador, o meia conseguiu um mandado de segurança para rescindir com o Fluminense e acertou com o Palmeiras sem que este pagasse a multa rescisória de R$ 200 milhões — o Flu teria direito a 40% deste valor. No Palmeiras, Scarpa disputou oito jogos e fez dois gols.
A posição do Fluminense, neste momento, é por uma saída negociada com Gusta- vo Scarpa, que está irredutível, segundo afirmou o advogado do clube, Rui Meier. “O Fluminense conversou com o atleta e seus representantes na semana passada, mas não chegamos a um acordo. É uma questão de conciliar. O vínculo dele, hoje, é com o Fluminense. Mas ele optou por não se reapresentar ao trabalho, o que é uma faculdade legal dele. Então é por isso que ele não está jogando”, disse o advogado.
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