O Dia

Bancos baixam juros da casa própria. Veja melhores opções

Caixa teve redução ontem e outras instituiçõ­es já tinham diminuído as taxas. Compare antes de financiar.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br Colaborou a estagiária Carolina Moura

Aconcretiz­ação do sonho da casa própria pode estar mais próximo. Com a redução dos juros da Caixa Econômica Federal anunciada ontem, de 10,25% para 9% ao ano, no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a disputa no mercado imobiliári­o promete ficar mais acirrada entre bancos que oferecem crédito neste ramo. E quem procura imóvel deve comparar os juros de outras instituiçõ­es financeira­s antes de fechar o financiame­nto.

“A medida da Caixa é importante e funciona como uma locomotiva para o segmento, não só pelo lado objetivo, mas também por estimular a queda de juros”, Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi (Sindicato da Habitação), reforçando que pesquisar é a melhor arma para quem busca crédito imobiliári­o mais adequado ao orçamento.

As mudanças na Caixa no SFH valem para novos con- tratos e já estão em vigor. As linhas usam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Estão enquadrado­s neste caso, imóveis residencia­is de até R$ 800 mil, para todo o país, exceto para Rio, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$950 mil. De acordo com o banco, com a redução, um imóvel de R$ 300 mil, por exemplo, para pagamento em 30 anos dá uma diferença de R$ 50 mil no fim do financiame­nto.

Já no Sistema Financeiro Imobiliári­o (SFI), com recursos próprios do banco, a taxa passou de 11,25% a 10% ao ano e o percentual de financiame­nto subiu de 50% para 70% do valor do imóvel. O SFI é voltado a unidades com preços acima de R$950 mil.

A medida é importante e funciona como uma locomotiva para o segmento não só pelo lado objetivo, mas também por estimular a queda de juros” LEONARDO SCHNEIDER, vice-presidente do Secovi

CONDIÇÕES DE OUTROS BANCOS

No Itaú, por exemplo, os juros estão parecidos com os da Caixa - que se viu obrigada a reduzir a taxa para ganhar mercado -, no SFH, está em 9% ao ano mais a Taxa Referencia­l (TR). Já no SFI, é a partir de 9,5% mais a TR.

No Bradesco, os juros são um pouco mais acima: 9,3% ao ano, além da TR para imóveis de até R$ 850 mil, no Sistema Financeiro de Habitação com FGTS. E no Sistema de Financiame­nto Imobiliári­o, a partir de 9,7% ao ano mais a TR.

No Santander, os índices variam de 9,49% ao ano mais TR a até 12% ao ano para imóveis que custam de R$ 60 mil a R$ 2 milhões. O Banco do Brasil cobra juros de 9,24% ao ano mais a TR em imóveis de até R$ 800 mil no SFH. Todos os bancos financiam até 80% do valor do imóvel.

A Caixa anunciou ainda a retomada da migração de financiame­ntos de até 70% de outros bancos, a chamada portabilid­ade. De acordo com o presidente do banco, Nelson Antônio de Souza, a redução das taxas, após 17 meses de juros congelados, visa fazer a instituiçã­o estatal retomar mercado perdido no setor imobiliári­o.

“O objetivo da redução é oferecer as melhores condições aos clientes, além de contribuir para o aqueciment­o do mercado imobiliári­o e as cadeias produtivas”, disse.

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DANIEL CASTELO BRANCO

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