PMs deixam seus postos na Alerj
Medida gera discussões na Casa. Ameaçado de morte, Freixo recebe quatro policiais civis
A decisão da Secretaria de Segurança de convocar 87 PMs cedidos à Assembleia Legislativa (Alerj) gerou mais um dia de discussões no plenário ontem. Todos os convocados já se apresentaram ao comando geral da PM, 40 na segunda-feira e 47 ontem. A Mesa Diretora ainda votou sobre uma possível devolução de todos os policiais militares lotados na Casa, medida que chegou a ser aprovada. No entanto, a votação foi suspensa e remarcada para a próxima terça-feira.
“A Secretaria de Segurança improvisou. Foi uma medida autoritária, agora que assumam a responsabilidade pelos seus atos”, disse o deputado Paulo Ramos (PDT), que perdeu o único policial lotado em seu gabinete. “Se o secretário tivesse competência para julgar quem precisa de segurança, não teria determinado o retorno para depois voltar atrás”, afirmou, em alusão à decisão do General Richard Nunes de substituir os quatro policiais militares perdidos pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL) por policiais civis.
A segurança de Freixo, ameaçado de morte desde que presidiu a CPI das Milícias, também foi debatida ontem no plenário. A deputada Cidinha Campos (PDT), que foi vice-presidente da CPI, acusou o deputado de manter escolta clandestina, paga em uma folha de auxílio alimentação. “É tudo documentado em processos, ofícios aos órgãos de segurança, temos parecer da Procuradoria da Casa, como seriam clandestinos? Nenhum deles está escondido, é só encontrar comigo que vai ver a escolta. A tentativa de fazer política com isso é baixa”, disse freixo, no plenário.
Houve ainda outro enfrentamento entre os dois parla- mentares: a deputada afirmou que um assessor do gabinete de Freixo fez uma ameaça contra sua vida. Em um vídeo de Cidinha intitulado ‘PSOL incentiva a matança de PMs’, um assessor parlamentar publicou um comentário alegando que a afirmação colocava em risco os militantes do P SOL. Em resposta, outro internauta comentou: “Alguém tem que matar essa mulher ”. O deputado Freixo disseque a ameaça não partiu de seu assessor, e disse defendera realização de uma investigação. Cidinha pede que ocaso seja levado àS e creta ri ade Segurança, à Procuradoria da Alerjeà Delegacia de Homicídios.