O Dia

Políticos viajam para não assumir Presidênci­a

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Presidente­s da Câmara dos Deputados e do Senado deixam o Brasil para não ficar no lugar de Temer, que vai para a Ásia no dia 5. Assim evitam ficar inelegívei­s.

Veja que situação inusitada. Tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto o do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), terão que sair do país por dez dias. É que o presidente Michel Temer (MDB) viajará 5 de maio para a Ásia e só retornará no dia 15. Como Temer não tem vice, caberia a Maia ou Eunício, nessa ordem, assumir a cadeira. Ocorre que, caso respondam pela Presidênci­a, mesmo que interiname­nte, ficariam impedidos de disputar a eleição em outubro. É o que determina a legislação eleitoral: quem ocupar cargo no Poder Executivo seis meses antes do pleito não poderá concorrer, a não ser que, efetivo, dispute a reeleição.

Planejando a viagem

A Secretaria de Relações Internacio­nais da Câmara está debruçada em uma agenda para Maia.

Desvio de rota

Pré-candidato à Presidênci­a, Maia está irritado com o ‘exílio’. Para quem articula campanhas ao Planalto e ao governo do Rio, dez dias valem ouro.

Nas mãos de Cármen

Caberá à presidente do STF, Cármen Lúcia, assumir a cadeira de Temer.

O vice de Paes

Candidato de Maia ao Palácio Guanabara, Eduardo Paes (DEM) mantém conversas com o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB). O alcaide da Baixada tenta emplacar seu irmão, o deputado estadual Rosenverg Reis (MDB), como vice de Paes.

A senadora de Indio

Pré-candidato ao governo, Indio da Costa (PSD) convidou ontem a deputada estadual Martha Rocha (PDT) para disputar vaga ao Senado em sua chapa — os dois, que já foram correligio­nários no PSD, mantêm ótima relação. A ex-chefe da Polícia Civil agradeceu, mas deixou claro que Indio deveria tratar do assunto com o presidente do PDT.

Palanque para Ciro

Carlos Lupi, que comanda o PDT, tem dito que o partido terá o seu próprio candidato ao governo no Rio.

Cabral sereno

Ao depor ontem à Justiça Federal, no Centro, sobre o fato de ter sido algemado nos pés e nas mãos na transferên­cia do Rio para Curitiba, em janeiro, Sérgio Cabral demonstrou serenidade. O tom de voz e a postura do ex-governador foram bem mais amenos do que os adotados em depoimento­s anteriores.

A agenda de Bezerra

Investigad­o na Lava Jato, o chefe da Casa Civil da gestão Cabral, Regis Fichtner, conseguiu na Justiça autorizaçã­o para analisar as anotações de Luiz Carlos Bezerra, apontado pelo Ministério Público Federal como operador financeiro do esquema. Fichtner, que aparece nos caderninho­s, quer saber “o momento em que os mesmos foram confeccion­ados, o que, em tese, pode impactar a prova”.

Vereadores prestigiad­os

Cesar Maia e Carlo Caiado assumiram, respectiva­mente, as presidênci­as estadual e municipal do DEM.

Um Pinheiro no caminho

O vereador Paulo Pinheiro (Psol) luta para que as contas do ex-prefeito Eduardo Paes referentes a 2016 sejam julgadas pela Câmara. “Para ajudar Pezão e dar palanque a Pedro Paulo, ele municipali­zou hospitais e assumiu responsabi­lidade que não era da prefeitura. Parte da crise na gestão Crivella vem disso”, diz. Reprovadas as contas, o que é improvável, Paes não poderia disputar a eleição.

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