O Dia

Vasco não vê a cor da bola e é esmagado pelo Racing

Apático, time é facilmente envolvido e escapa de vexame ainda maior. Argentinos perderam dois pênaltis e acertaram a trave

- > Buenos Aires

Como um pesadelo difícil de acordar. Assim pode se resumir a exibição do Vasco na derrota de 4 a 0 para o Racing, no Estádio Presidente Perón. Sem força para reagir e com um buraco no lado esquerdo, a equipe foi atropelada no El Cilindro. E poderia ter sido pior, pois Martín Silva pegou dois pênaltis de Lisandro López. Na laterna do Grupo 5, com um ponto e saldo negativo de cinco gols, o Vasco tem três rodadas para buscar a milagrosa classifica­ção para as oitavas da Libertador­es.

O esquema com três volantes (Desábato, Bruno Silva e Wellington) foi uma surpresa nada agradável para o torcedor. A ineficiênc­ia na marcação ficou comprovada com a ‘avenida’ no lado esquerdo. Sobrecarre­gados, Henrique e Evander não deram conta do recado.

O pênalti de Evander sobre Saravia marcou o início do duelo particular entre Martín Silva e Lisandro López. O goleiro uruguaio levou a melhor no primeiro ‘round’ e defendeu a cobrança no meio do gol, aos 12 minutos.

A intervençã­o de Martín Silva parece ter despertado a equipe, que superou a pressão do Racing e reagiu. Em casa, o argentino Andrés Ríos deu trabalho. Com um belo passe deixou Wellington cara a cara com Musso e, na sequência, chutou com perigo. Após o cruzamento de Henrique, Wagner furou e perdeu ótima chance dentro da área.

As oportunida­des desperdiça­das fizeram falta, e muita. Aos 32, Centurión abriu o placar, após boa jogada de Saravia e Zaracho, pelo lado esquerdo. Seis minutos depois, pelo mesmo setor, Lautaro Martínez escorou o cruzamento de Centurión para ampliar o placar.

O prejuízo poderia ter sido ainda maior depois do pênalti marcado pelo árbitro Elises Mereles (PAR) de Erazo sobre Lautaro. No segundo ‘round’, Martín Silva defendeu mais uma cobrança do atacante Lisandro López.

TIME NÃO REAGE

Com Rildo no lugar de Evander, no segundo tempo, Zé Ricardo tentou avançar o Vasco, sem sucesso. Logo aos seis minutos, Zaracho fez fila na defesa e marcou um golaço. Foi um balde de água fria para os entusiasta­s de uma reação. O infantil pênalti cometido por Wagner, que acertou o rosto de Saravia, agravou ainda mais a situação do time.

Na terceira chance, Lisandro López finalmente converteu, aos 13, e exorcizou o fantasma do compatriot­a Palermo, lembrado pelos três pênaltis perdidos na Copa América de 1999, contra a Colômbia.

A trave ainda salvou o Vasco, na cabeçada de Zaracho. Acuada, a equipe não teve força para responder. A noite em Avellaneda terminou com uma atuação para ser esquecida e muitas lições até o confronto com o próprio Racing, dia 26, em São Januário.

É a segunda vez que o Vasco é goleado por 4 a 0 nesta Libertador­es. Na fase classifica­tória, perdeu para o Jorge Wilsterman­n, mas conseguiu avançar nos pênaltis

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil