O Dia

Coadjuvant­es em busca do estrelato

Lula, Bolsonaro, Ciro, Alckmin e Marina são atores conhecidos e lideram as pesquisas de intenção de votos. Veja quem também quer ocupar um lugar no centro do palco da eleição presidenci­al

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N Representa­nte do Podemos, partido de centro, o senador pelo Paraná é um político experiente e com votos em seu estado. Aos 72 anos, ex-tucano, Dias é um católico com visões moderadas em relação a temas comportame­ntais e cultiva a imagem de firmeza no combate à corrupção. Sua bandeira principal nomo men toé o fim do foro privilegia­do para políticos. É autor de uma PEC nesse sentido. O PSDB sonha com o senador como vice de Alckmin.

Atualmente deputada estadual no Rio Grande do Sul, a representa­nte do PCdoB foi campeã de votos aos 23 anos, quando se candidatou a vereadora em Porto Alegre, em 2004. Ganhou espaço recentemen­te, aparecendo ao lado de Lula nos dias anteriores à sua prisão. Vai defender a causa das mulheres e da população LGBT na campanha. Considerad­a musa da esquerda, ela teve problemas com a balança até os 17 anos e chegou a pesar mais de cem quilos.

De março de 1990 a novembro de 1992, ele foi presidente em mandato marcado por denúncias de corrupção, recessão e inflação alta. Em 1990, a economia recuou 4,3% recorde nunca superado, antes ou depois. Em 1992, quando sofreu impeachmen­t, fechou com a inflação em completo descontrol­e, a 1119%. Ao voltar à política, foi eleito senador por Alagoas em 2006 e reeleito em 2014. Quer reescrever sua biografia com um novo mandato presidenci­al. Defende um governo enxuto e prioridade para a criação de empregos.

As dúvidas sobre a viabilidad­e da candidatur­a do filho do ex-prefeito Cesar Maia são inversas às suas pontuações nas pesquisas. Experiente e bem preparado, o presidente da Câmara não é bom de voto. Candidato à prefeitura do Rio, único cargo majoritári­o que disputou, em 2012, teve 2,9% da preferênci­a dos cariocasa. Seu ideário é liberal e nessa pré-campanha já fez um aceno ao eleitorado conservado­r em um vídeo, exaltando o “respeito à família brasileira”.

O mais famosos entre os atores que buscam o estrelato no palco eleitoral, Meirelles deixou o ministério da Fazenda no início do mês para concorrer à presidênci­a. Ex-presidente do Banco Central no governo Lula, o goiano é um dos mais bem-sucedidos executivos do país, tendo sido presidente mundial do BankBoston. A visão econômica do ex-ministro é bem conhecida: foco absoluto no equilíbrio fiscal e combate sem tréguas à inflação.

N O empresário de 60 anos é dono das Lojas Riachuelo e vai bancar do próprio bolso a sua campanha presidenci­al. Não é problema, já que a sua família tem patrimônio calculado em R$ 1,3 bilhão. É fundador do movimento Brasil 200, que reúne principalm­ente empresário­s que pregam que “menos Estado” significa “menos corrupção”. Ou seja, mais um que quer ganhar o coração da plateia de centro.

João Amoêdo concorre pelo Partido Novo, do qual foi um dos criadores. O engenheiro e administra­dor de empresas tem 56 anos elonga carreira no mercado financeiro. Defende os princípios liberais. Quero Estado longe da economia e propõe a venda de todas as estatais. Na condução do governo, pretende, se alcançar o estrelato e a vitória nas urnas, governar com apenas dez dos atuais 29 mi nis térios.Éafav ordo Bolsa Família e contra o financiame­nto de partidos políticos com dinheiro público.

No palco dos movimentos sociais, é uma estrela de primeira linha. Para o eleitor em geral, ainda é pouco mais que um figurante. Paulistano, filho de um médico conceituad­o, engajou-se na luta dos trabalhado­res sem-teto enquanto se formava em filosofia. Um dos responsáve­is pela mobilizaçã­o em torno de Lula quando a prisão do petista foi decretada, ouviu o ex-presidente dizer à plateia. “Vocês têm que levar em conta a seriedade desse menino”.

Ele é um dos mais respeitado­s economista­s do país, especialis­ta em agroindúst­ria. Foi presidente do IBGE e, logo a seguir, doBND ES, que deixou no início do mês em busca do papel principal no Planalto. No banco, destacou-se por uma postura relativame­nte crítica à equipe econômica de Temer. Quer governar com 12 ministério­s e simplifica­r os tributos, além de isentar de imposto de renda famílias com renda abaixo de R$ 5 mil. Concorre pelo PSC do Pastor Everaldo.

A fi fé o portador da bandeirada microempre­sa no teatro político brasileiro. É presidente do Sebrae, entidade que segue enviando rele ases sobre sua atuação. Em outra eleição presidenci­al com numeroso elenco, foi o sexto colocado em 1989. Ocupou a Secretaria­da Micro e Pequena Empresa no governo Dilma entre 2013 e 2015. Suas bandeiras são crédito mais barato e menos impostos para as empresas de menor porte.

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ARTE KIKO

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