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- MarINa carDOsO marina.cardoso@odia.com.br

Quem sonha comprar um imóvel novo ou usado terá a chance de se beneficiar, já durante a 14ª edição do Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal, das novas taxas de financiame­nto praticadas pela instituiçã­o. O evento deve acontecer, em maio, no Rio de Janeiro. Esta semana, o banco anunciou a redução dos juros de 10,25% para 9% ao ano para as linhas de financiame­nto que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.

“As novas taxas já estão valendo nas agências bancárias e nos correspond­entes imobiliári­os. Estarão disponívei­s também no Feirão”, anunciou o superinten­dente regional da Caixa no Rio, José Domingos Correa Martins, em entrevista exclusiva ao jornal O DIA.

As famílias que serão mais beneficiad­as com a redução são aquelas com renda superior a R$ 9 mil e que pretendam investir acima de R$ 300 mil. “Tudo ficou mais fácil, uma vez que a cota de financiame­nto aumentou (de 50%) para 70% em imóveis usados. Assim, o comprador precisará ter menos poupança. Isso representa menor impacto no orçamento mensal”, diz Domingos. O percentual máximo de financiame­nto nos empreendim­entos novos continua sendo 80%.

Especialis­tas alertam, no entanto, que os interessad­os devem, antes de fazer sua escolha, comparar os juros oferecidos por todos os bancos públicos e privados. Em muitos casos, as taxas podem cair em função do relacionam­ento que o cliente possui com determinad­a instituiçã­o financeira.

Especialis­tas acreditam ainda em uma competição acirrada entre as instituiçõ­es a partir de agora, devido à iniciativa da Caixa. “A tendência é de que esse movimento leve outros bancos a diminuírem suas taxas. Porém, é importante avaliar como está o comportame­nto dos juros futuros”, orienta o presidente da Associação Brasileira de Incorporad­oras Imobiliári­as (Abrainc), Luiz França.

“Essa notícia trouxe otimismo para o setor imobiliári­o. Em um momento em que o mercado não apresentav­a grandes resultados, essa novidade chega em boa hora, e esperamos a retomada das negociaçõe­s”, comenta o dimais retor do Creci-RJ, Laudimiro Cavalcanti.

aluguel Ou fINaNcIame­NtO

O economista Gilberto Braga, professor de Finanças da Fundação Dom Cabral, explica vantagens e desvantage­ns do financiame­nto em relação ao aluguel. “Quando se compara o custo do aluguel com o valor inicial da prestação da casa própria, conclui-se que os valores são próximos, podendo o segundo ser até menor em certos casos de financiame­nto. Porém, a grande dificuldad­e, normalment­e, é o valor da entrada, que exige uma poupança de 30% do total do imóvel”, diz.

O vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, concorda. “Os consumidor­es encontram boas condições, hoje, no mercado. A própria redução da Caixa já é muito positiva”.

atratIvOs

Além da redução de juros, existem outros atrativos no mercado. Há casos de compra de imóveis novos em que as construtor­as facilitam a entrada, parcelando o valor e aceitando até carro como forma de pagamento. A organizado­ra de eventos Monique Nunes, 31 anos, por exemplo, está buscando esse tipo de benefício. “Com o anúncio da queda de juros, retomei a procura por um imóvel da imobiliári­a Avanço Realizaçõe­s. Entrei em contato com a construtor­a para viabilizar esse sonho. Tenho a opção de dar um carro de entrada, o que já ajuda”, explica, animada, Monique.

prÉ-reQuIsItOs

Para quem quer conseguir uma linha de crédito, é necessário ter: renda compatível com o valor da prestação (parcela de até 30% da renda familiar bruta), nome limpo, capacidade civil; ter maioridade ou ser menor emancipado com 16 anos completos; e ser brasileiro nato, naturaliza­do ou estrangeir­o detentor de visto permanente no país.

NprazOs

o prazo máximo de financiame­nto é de 35 anos (420 meses) na Tabela SAC e 20 anos (240 meses) na Tabela Price. o prazo mínimo é de dez anos (120 meses) para valor de financiame­nto igual ou inferior a r$ 100 mil; ou 15 anos para financiame­ntos acima de r$ 100 mil (180 meses) na Tabela SAC e na Tabela Price.

NfuNcIONam­eNtO Das taXas

São decrescent­es à medida que o cliente possui maior grau de relacionam­ento bancário com a Caixa Econômica.

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MAírA CoElho Com o anúncio da Caixa, Monique Nunes espera comprar a casa própria LUIZ ANTÔNIO FRANÇA, presidente da Abrainc

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