O Dia

Francisco Dornelles fala sobre eleições e segurança

- INFORME DO DIA

N O Informe entrevista hoje um político conhecido por ser um dos mais experiente­s e habilidoso­s do país: o vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, presidente estadual do PP, ministro nas gestões dos ex-presidente­s José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, ex-senador e ex-deputado federal. N ODIA: Depois de namorar o PP, Eduardo Paes acabou deixando o MDB, mas escolhendo o DEM. O recuo de Paes chateou o senhor? L Dornelles: De modo algum. O problema do Eduardo é que ele é vascaíno e, por isso, deixou para decidir aos 45 do segundo tempo. Ele namorou vários partidos, mas tinha que tomar a decisão e verificar qual o partido que reuniria melhores condições para ele disputar o governo.

N O PP apoiará Paes para o Palácio Guanabara? L Eduardo ainda não disse que é candidato. Ele primeiro tem que ser candidato, para que nós possamos examinar a candidatur­a.

N Mas o senhor mesmo afirmou que ele escolheu o DEM tendo em vista o governo. No meio político, é notório que esse é o desejo dele, caso consiga derrubar a inelegibil­idade imposta pelo TRE... L Ele tem que dizer que é candidato publicamen­te para você ( jornalista). Enquanto ele não disser para você que é candidato, nós ficamos em uma posição de expectativ­a.

N No ‘Deles & Delas’, da Band, o senhor afirmou que a política de Segurança do governo estadual estava errada. Por quê? L Estava baseada no confronto. Concentrav­a-se 95% no combate às drogas, sem cuidar da propriedad­e e da vida das pessoas. Para você ver, tinha mais policiais na UPP da Rocinha do que na força pública de Santa Catarina. E não tinha policial nas ruas de Ipanema, de Copacabana, na Tijuca, nos bairros. Só se pode ir para o confronto depois de ter feito uma avaliação completa, de o setor de inteligênc­ia ter atuado.

N A seu ver, foi a intervençã­o federal que melhorou essa questão?

L A intervençã­o ajudou a melhorar. Mas acho que a polícia já estava indo nessa linha. Mesmo a equipe antiga da polícia. A presença da Polícia Civil nesse serviço de inteligênc­ia é fundamenta­l.

N Mas por quanto tempo persistiu esse erro na política de Segurança? L Ela estava errada quando o Pezão assumiu o governo. E mesmo durante os primeiros sete, oito, nove meses, ela estava toda voltada para uma política de confronto. E depois, com o tempo, a própria polícia verificou que isso estava errado.

N Qual o principal acerto do governo Pezão?

L Ter conseguido fazer um enorme acordo financeiro com o governo federal, que realmente vai permitir pagar todo o funcionali­smo e rolar a dívida do estado por mais seis anos. Vamos priorizar em 2018 investimen­tos em distribuiç­ão de água e rede de esgoto na Baixada.

N Qual o principal erro do governo Pezão?

L Vice-governador não fala em erro.

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