Tucano Azeredo mais perto da prisão
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) negou ontem, por 3 votos a 2, os embargos apresentados pela defesa do ex-governador e ex-presidente nacional do PSDB Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e um mês de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no chamado ‘mensalão mineiro’, anterior ao petista.
A condenação prevê o início da execução penal somente depois de esgotadas as apelações na Justiça de Minas Gerais. O advogado do tucano, Castellar Guimarães Filho, disse que vai recorrer e que também aguarda posicionamento sobre habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O mensalão mineiro é como ficou conhecido o desvio, conforme denúncia do Ministério Público, de recursos de estatais mineiras como o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para a campanha pela reeleição de Azeredo, em 1998, quando foi derrotado por Itamar Franco.
Entre os 15 denunciados no caso do mensalão mineiro Azeredo é o único condenado em segunda instância e na iminência de ser preso.
O procurador do Ministério Público de Minas Gerais, Antônio Padova, defendeu a prisão de Azeredo após esgotados os recursos no Tribunal de Justiça. Segundo ele, a prioridade no Brasil hoje é o combate à corrupção. Porém, Padova se mostrou em dúvida sobre a aplicação de pena já a partir de decisão em segunda instância, exatamente como é o caso de Azeredo.