Relação com Paraguai não deve mudar
Diretor da usina de Itaipu diz que eleição no vizinho não altera acordos entre os dois países
Onovo diretor-geral da Itaipu Binacional pela cota brasileira do tratado entre Brasil e Paraguai, Marcos Stamm, não acredita em mudanças administrativas nem de relacionamento com os sócios paraguaios após a eleição do novo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, definida na madrugada de ontem. “As decisões são sempre em consenso e temos uma relação amadurecida ao longo dos anos”, garantiu Stamm.
Mario Benítez foi eleito pelo partido conservador Colorado e é tido pelos analistas inter-
A usina é responsável por gerar, em média, 17% da energia consumida em todo o território brasileiro
nacionais como alinhado aos ideais do ex-ditador Alfredo Stroessner.
Stamm informou que os dois países já têm estudos a respeito de um dos anexos do Tratado de Itaipu - que define as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade -, a ser resolvido quando a dívida assumida para a construção da hidrelétrica deverá estar quitada. De acordo com o novo diretor-geral, a dívida atualmente é de US$ 8,2 bilhões. Com o fim da dívida, se for mantida a atual base tarifária, cada margem da usina terá US$ 1 bilhão por ano a mais.
A usina de Itaipu é a maior usina geradora de energia do mundo. A binacional é responsável por gerar, em média, 17% da energia consumida em todo o território brasileiro.
Stamm assumiu semana passada a direção geral de Itaipu, após 13 meses como diretor financeiro executivo.O diretor-geral confirmou a continuidade das ações integradas policiais e fazendárias na vigilância do Lago de Itaipu.