Pobreza é desafio de novo líder
> Mario Abdo Benítez, novo presidente do Paraguai, que deve assumir no próximo dia 15 de agosto, terá como um de seus primeiros desafios o combate à pobreza.
O Paraguai mostra bons resultados nos índices macroeconômicos, com crescimento médio de 4% anual há mais de uma década, apoiado fundamentalmente nas exportações agrícolas. No entanto, o atual presidente Horacio Cartes reconheceu que deixa uma “dívida social”.
Um país rico em hidroeletricidade, mas sem saída para o mar, o Paraguai não consegue reduzir seu índice de pobreza na mesma velocidade em que sua economia cresce. A pobreza afeta 26,4% da população e a informalidade atinge 40% da economia, segundo os especialistas.
“O número de pobres está ligado ao fato de que não há emprego. Só 3% das empresas no Paraguai são grandes empresas. A informalidade faz com que o índice de pobreza seja alto”, disse Gladys Benegas, diretora do Instituto de Pesquisas em Competitividade do Paraguai.
O candidato da direita venceu por uma margem estreita a presidência do Paraguai e agora será obrigado a buscar alianças durante seu mandato de cinco anos depois de seu partido fracassar em obter a maioria absoluta no Senado.
Na eleição dos 45 membros do Senado, o Partido Colorado obteve 18 cadeiras, contra 13 do opositor, o Partido Liberal. Para ter maioria, o governo precisava de 23 assentos no Senado.
“O povo votou pela unidade e não pela divisão. Eu me comprometo a ser fator de união do Paraguai”, afirmou Abdo Benítez em seu primeiro discurso.