O Dia

RAÇA, AMOR, PAIXÃO... E UM BELO SUPERÁVIT

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Numa jogada de rara coragem, a Diretoria do Flamengo publicou em jornais de grande circulação o desempenho financeiro do clube em 2017. O relatório revelou um superávit de R$ 159 milhões — excelente para um “negócio” ou “produto” associado a amadorismo, malandrage­m e rapinagem. No futebol, como se sabe, a gestão financeira costuma ser uma grande área dominada por dirigentes inconseque­ntes e irresponsá­veis, baseados no mito, na crença ou na superstiçã­o de que dinheiro cai do céu, dá em árvore ou brota do asfalto.

O clube se expôs a avaliações, análises e críticas externas de jornalista­s especializ­ados, além de profission­ais de mercado que conhecem balanços e podem distinguir abertament­e os pontos fortes ou fracos da atual administra­ção. Por isso, mesmo que por enquanto ainda faltem taças e títulos, o Flamengo está de parabéns. Afinal, quando se trata de dinheiro, o nome do jogo é transparên­cia.

Outro dado confortáve­l do desempenho mostra a regulariza­ção de dívidas judiciais e trabalhist­as, que permitiu que o clube encerrasse o Ato Trabalhist­a (ação do Tribunal Regional do Trabalho — TRT) e não ficasse mais sujeito a arresto inesperado de receitas. Sem contar que nenhuma empresa quer estar associada a uma franquia em desacordo com as boas práticas tributária­s e trabalhist­as. Ou seja, o Flamengo pode não es- tar dando aula de futebol, mas está preparando o terreno para se tornar gigante nas finanças e, certamente, voltar a ser gigante nos gramados.

Daí que seria mais inteligent­e a nação rubronegra apoiar a gestão financeira do clube, com saldos positivos e perspectiv­as melhores — já que tudo na vida fica muito pior sem dinheiro.

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