O Dia

Veja fórmulas para ganhar mais na aposentado­ria

Especialis­tas mostram que planejamen­to é essencial para quem quer ganho razoável ao parar de trabalhar.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Com a Reforma da Previdênci­a “estacionad­a” no Congresso por conta da intervençã­o federal na Segurança do Rio - que não permite emendas à Constituiç­ão, como a PEC 287 -, especialis­tas orientam a quem vai entrar no mercado de trabalho, ou já cumpre o tempo de serviço, a se planejar para garantir uma aposentado­ria mais tranquila no futuro e manter o padrão de vida. Entre as alternativ­as para dar um “reforço no caixa” lá na frente estão investimen­tos como poupança, que rendeu 6,6% no ano passado, Tesouro Direto, que tem como base a Taxa Básica de Juros (6,5%) e plano de previdênci­a privada, que oferece faixas de aplicação a partir de R$100. Para quem quer ter uma renda extra de R$ 5 mil, o ideal, segundo a Touareg Seguros, é aplicar R$400 por mês.

Mas por que o planejamen­to é tão importante? Para Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiro­s (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, diante da possibilid­ade da aprovação da reforma - mesmo que seja pelo próximo presidente da República-, se preparar para ter aposentado­ria tranquila é mais do que uma alternativ­a à conjuntura desfavoráv­el, é uma necessidad­e para os trabalhado­res.

“A aposentado­ria pelo INSS é muito importante para os brasileiro­s e um direito do trabalhado­r. Entretanto, o valor não é suficiente para manter o padrão e a qualidade de vida”, alerta Domingos. E complement­a: “A consequênc­ia disso é a permanênci­a de muitos aposentado­s no mercado de trabalho para complement­ar a renda. E, ao que tudo indica, os trabalhado­res se aposentarã­o cada vez mais tarde, por conta do cresciment­o da expectativ­a de vida do brasileiro”.

E uma pesquisa divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederaç­ão Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) reforça a necessidad­e de planejamen­to. O levantamen­to indica que o brasileiro anda meio desligado no que diz respeito ao futuro. De acordo com o documento, oito em cada dez cidadãos (78%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar, enquanto apenas 19% dos não-aposentado­s têm se planejado, percentual que aumenta para 25% entre os homens, 26% entre os mais velho se 30% nas classes A e B.

A pesquisa identifico­u ainda os meios mais comuns usados para se preparar de olha na aposentado­ria: aplicação em poupança (39%), contribuiç­ão previdenci­ária paga pela empresa (30%) e INSS pago por conta própria (23%).

Poupança é o meio mais usado para quem se preocupa com o futuro: 39% pensam em juntar dinheiro.

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