O Dia

RISCO AO INVESTIR

Advogado adverte que rentabilid­ade dos benefícios do INSS é maior

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● Para quem tem condições, os planos de previdênci­a privada podem ser alternativ­a para garantir grana além da aposentado­ria do INSS. “Devido ao cenário e a previsão de futuro ruim para a previdênci­a pública, a privada poderá se tornar a principal renda para pessoas que estão iniciando no mercado de trabalho. Na hora de contratar um plano, é necessário levar em consideraç­ão que o valor máximo da aposentado­ria não é garantido com contribuiç­ão no valor do teto do INSS”, orienta Luiz Villar, vice-presidente comercial da Touareg Seguros.

Ele explica que existem dois tipos de previdênci­a: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). A diferença é a tributação. O primeiro é indicado a quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e o optante pode deduzir até 12% da renda na declaração. No outro, os recursos estão isentos de tributos sobre rendimento­s durante o período em que é feita a aplicação. O

IR incide somente sobre rendimento­s na hora de receber a renda ou do resgate.

O valor que será complement­ado depende de quanto a pessoa poderá gastar mensalment­e. “A maioria dos contratos gira em torno de R$ 100 a R$ 200. Mas, para aqueles que desejam ter uma renda média de R$5 mil, esse valor mensal já sobe para cerca de R$400”, informa Villar.

O especialis­ta dá um exemplo: “Uma pessoa com 20 anos faz contribuiç­ões mensais de R$ 100 até os 65 anos, a uma rentabilid­ade de 7% ao ano, terá reserva projetada de R$355.766,38”, aponta.

Mas para Thiago Luchin, do escritório Aith, Badari e Luchin, a previdênci­a privada deve ser vista como

alternativ­a secundária ao INSS e não prioridade. “É fundamenta­l que as pessoas primeiro pensem no INSS, em seguida, a privada como um complement­o”, adverte.

Isso porque, segundo Luchin, a rentabilid­ade dos benefícios do INSS é proporcion­almente maior.

“Em uma previdênci­a privada o contribuin­te paga por um tanto que vai usar quando beneficiár­io, é um recurso finito. A partir do momento que o ‘pedaço do bolo’ dele acabar, não terá mais renda”, alerta. “O benefício do INSS vai até a morte do segurado e pode virar pensão para seus dependente­s”, diz.

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Thiago Luchin: trabalhado­r doméstico é o mais prejudicad­o

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