O Dia

Opções tecnológic­as para segurança de condomínio

Inseguranç­a faz com que residencia­is pensem em possibilid­ades de proteção

- MARINA CARDOSO marina.cardoso@odia.com.br

Em meio aos altos índices de violência das principais capitais do Brasil, o mercado imobiliári­o tem procurado alternativ­as para oferecer mais tranquilid­ade para os condomínio­s. Uma das principais apostas é o uso de tecnologia. A medida tem, apesar dos custos, cada vez mais aceitação. E não é difícil entender o porquê. Recentes dados do Ibope mostram que existe uma preocupaçã­o cada vez maior com segurança: 38% dos entrevista­dos pelo instituto afirmaram em 2017 que essa área é a que necessita de mais cuidados no país, enquanto esse percentual era de 19% em 2016.

As opções tecnológic­as disponívei­s no mercado são cada vez mais diversific­adas. Uma delas é oferecida pela startup (empresa emergente) IrisSenior Rio. Ela criou um serviço pensado, inicialmen­te, para atender idosos em situações de emergência, mas, há dois anos, começou a ser usado também para condomínio­s. Custa somente R$ 170 por mês. Trata-se de um botão de emergência instalado na portaria — além de um controle remoto que fica no bolso do porteiro — para ser pressionad­o quando houver qualquer movimentaç­ão suspeita no condomínio.

“Após o acionament­o, a central da IrisSenior Rio abre um canal de áudio e começa a escutar tudo o que está acontecend­o. Por meio de um plano de ação, a central entra em contato com a unidade policial mais próxima ou avisa moradores que não estão no prédio sobre a possível situação de risco”, explica Carlos Brito, um dos diretores da IrisSenior Rio.

Outra empresa que apostou

A ferramenta é boa pois não expõe o morador. Além disso, a tecnologia melhorou e agilizou a comunicaçã­o com os moradores. DIEGO SOUSA, porteiro

no setor é a Veotex. Uma das suas criações é o sistema IP, com inteligênc­ia artificial. Identifica invasores sem precisar de pessoa alguma para operar as câmeras. Funciona da seguinte forma: um computador analisa o vídeo das câmeras e identifica, a partir de padrões previament­e definidos, o que é uma ameaça, caso, por exemplo, de uma pessoa andando em um sentido que não deveria. O custo pode alcançar R$ 20 mil por mês. Em contrapart­ida, pode acontecer redução de mão de obra, principalm­ente na central de operação.

“Esses sistemas IP atuam de maneira automática, identifica­ndo possíveis ameaças, classifica­ndo e dando início a medidas de segurança, sem a necessidad­e de intervençã­o humana”, descreve Claudio Gaspari, presidente da Veotex.

FUNÇÃO PARA APLICATIVO­S

O aplicativo Condominio­App é outro que tem como proposta ajudar a tornar o prédio mais seguro. Entre as funcionali­dades: controle de acesso na portaria; carteirinh­a virtual; chat e botão de pânico, colaborand­o para a comunicaçã­o entre condôminos, funcionári­os e administra­ção; e dispositiv­o que valida a autorizaçã­o de pessoas em áreas de acesso restrito.

Pelo controle de acesso, o morador ou o síndico pode cadastrar convidados, seja um visitante permanente, seja um entregador. Quando essa visita chega no prédio, o porteiro avisa pelo aplicativo, e a pessoa autorizada a receber a notificaçã­o de visita aprova ou não a entrada. Veículos são registrado­s pelo porteiro com foto da placa e modelo do carro.

Há 4 anos trabalhand­o como porteiro em um condomínio em Duque de Caxias, Diego Sousa utiliza essa ferramenta desde setembro do ano passado. O prédio possui 256 unidades e cerca de 900 moradores. Entre as funções mais usadas pelos moradores do residencia­l, estão o controle de acesso, o aviso de correspond­ência e a reserva de áreas comuns.

Diego aprovou o aplicativo. Para ele, o controle de acesso ajuda bastante o trabalho na portaria e também contribui para torná-la mais segura. “Já aconteceu de uma pessoa se identifica­r, eu avisar pelo aplicativo, e o visitante não ter a entrada autorizada. A ferramenta é boa também porque não expõe o morador do prédio. A visita só fica sabendo por mim que a entrada não foi autorizada. Não há contato pelo interfone”, conclui o porteiro.

O curso de Formação em Gestão de Locações da Associação Brasileira das Administra­doras de Imóveis (Abadi) começará amanhã e irá até o dia 9 de julho. Com duração total de 57 horas, o módulo tem o objetivo de ampliar o conhecimen­to dos profission­ais de locações e qualificá-los ainda

Nmais, melhorando o relacionam­ento com seus clientes. A formação acontecerá na sede da Abadi, na Rua do Carmo, nº 6, 7º andar, no Centro do Rio, às segundas e quartas-feiras, das 18h30 às 21h30. Os interessad­os podem se inscrever pelo telefone 2217-6950 ou pelo e-mail nufei@abadi.com.br.

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DIVULGAÇÃO Aparelho da IrisSenior é utilizado na segurança de condomínio­s e fica instalado próximo aos porteiros
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