O Dia

Corpo de Bombeiros terá mais 160 carros e um helicópter­o.

- NADEDJA CALADO nadedja.calado@odia.com.br

Apesar do clima de descrença nos órgãos públicos, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) é uma das instituiçõ­es mais benquistas. E sempre muito lembrada após uma grande tragédia, como o incêndio no edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo. Empossado em julho passado, o atual comandante-geral, coronel Roberto Robadey, falou ao sobre as atuais dificuldad­es e também das diversas questões ligadas ao trabalho da corporação. dificuldad­e vistoriar tantos locais?

L Felizmente, a grande maioria conta com planos e equipament­os adequados contra incêndios. Mas existe uma cultura de primeiro abrir o estabeleci­mento para só depois se adequar às normas. Isso é um problema muito sério e causa prejuízos e retrabalho.

N Com a atual crise financeira do Estado do Rio, tem sido possível investir em melhorias para o Corpo de Bombeiros?

L Apesar das dificuldad­es, esperamos poder fazer a diferença. As principais aquisições vão ser de novos veículos. Serão 160 viaturas e também um helicópter­o, que já está sendo pago. Com ele, devemos ampliar um projeto de monitorame­nto de acidentes nas estradas durante o período de maior fluxo, o que já é feito no caminho para a Região dos Lagos, e queremos expandir para a Costa Verde. Mas as dificuldad­es orçamentár­ias dificultam muito. Não temos

Quem precisou dos serviços avalia de forma positiva. Temos carinho e respeito da população

Apesar das dificuldad­es, esperamos fazer a diferença. Serão 160 viaturas e um novo helicópter­o

expectativ­as de inaugurar novos quartéis, por exemplo.

N Como o senhor avalia a atuação do Corpo de Bombeiros?

L Quem já precisou dos serviços da corporação costuma avaliar positivame­nte. A capital é muito bem atendida e estamos em todos os municípios fluminense­s com mais de dez mil habitantes. E, a cada um minuto e meio, uma equipe nossa presta algum socorro no nosso estado. Felizmente, contamos com o carinho e o respeito de toda a população, e conseguimo­s preservar nosso nome.

N Falta bem pouco para as festas juninas. Os balões de São João ainda são uma preocupaçã­o?

L Sim. Apesar das campanhas, não estamos vendo a diminuição dos incidentes. O balão é um foco de incêndio que ninguém sabe aonde vai cair e as pessoas defendem essa tradição. E, pior, a época dos balões entra justamente na temporada da estiagem das chuvas. Esses incidentes geram operações muito caras e nos dão bastante trabalho.

N Para além da questão do fogo, o que é importante que a população saiba sobre o trabalho dos Bombeiros?

L Na verdade, a maior parte das nossas ações, cerca de 55%, são atendiment­os com ambulância­s do Samu (Serviço de Atendiment­o Móvel de Urgência). Também é importante dizer que o número de trotes ainda é muito alto. Pode passar de 1.200 por dia. Além da perda de tempo, faz com que seja necessário um protocolo de conferênci­a muito burocrátic­o, que é uma das principais causas das reclamaçõe­s que recebemos.

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ALEXANDRE BRUM / AGENCIA O DIA

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