O Dia

Trabalhado­r banca Venezuela

- Roberto Muylaert Jornalista e editor

OCongresso Nacional aprovou na semana passada uma baixa no orçamento federal do Brasil, para cobrir os calotes dados por Venezuela e Moçambique em obras e serviços financiado­s pelo BNDES e Credit Suisse.

Conforme matéria da ‘Folha de S.Paulo’ de 2 de maio, os recursosta­pa-calote-anunciados “serão retirados do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhado­r), no programa seguro-desemprego”.

“Durante os governos dos presidente­s Lula da Silva e Dilma Rousseff, empréstimo­s do BNDES permitiram uma expansão da presença na África e América Latina de empreiteir­as brasileira­s, que acabaram envolvidas nas investigaç­ões da Operação Lava Jato”, diz a ‘Folha’.

Como esses contratos deixaram de ser honrados por Venezuela e Moçambique, assim como foi doada uma refinaria de petróleo para a Bolívia, a conta recai agora sobre o contribuin­te. Os financiame­ntos têm seguros do Fundo de Garantia à Exportação do governo brasileiro, onde o buraco para nós será de R$ 1 bilhão.

Só da Venezuela são US$ 275 milhões que deveriam ter sido pagos até ontem, você pode ler no DIA que tem nas mãos e a notícia do calote deve estar por aí.

Todo esse processo faz parte de um tremendo equívoco internacio­nal, onde os países de esquerda são os bonzinhos, que precisavam ser ajudados pelos governos do PT no poder.

Note-se que o governo do presidente Temer também adora rolos; a diferença é que ele não gosta de rasgar notas de cem dólares.

É por isso que as acusações contra

O número de voos naquele aeroporto internacio­nal novinho em folha (obra da Odebrecht) tem sido de quatro por semana

Lula em relação ao triplex de Guarujá e ao sítio de Atibaia são insignific­antes, diante de perdas muito pesadas para o país, que equivalem a muitas vezes o total que o país gasta com o Bolsa-Família, essa sim, uma boa e justa medida tomada pelo PT.

Mas qual a vantagem de mandar verbas tão altas do povo brasileiro para um governo falido, como o da Venezuela, do qual ninguém quer chegar perto? Deve ser pelos laços ideológico­s entre os governos, sem lembrar que não há socialismo entre nações: nosso dinheiro foi pro ralo. A outra vantagem só pode ter sido do “repique” do dinheiro, única explicação para se construir o aeroporto de Nacala, em Moçambique, obra da Odebrecht . O número de voos naquele aeroporto internacio­nal novinho em folha tem sido de quatro por semana, tudo com nosso dinheiro, que também não volta mais.

Enquanto isso, a safra de soja que vem do Piauí está encalhada numa estrada enlameada que espera verbas para ser concluída.

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