CAMPELLO REBATE AS DENÚNCIAS
Com o caldeirão político em efervescência, o Vasco se esforça para manter o futebol blindado. Com uma polpuda premiação em jogo na Copa do Brasil, o time inicia contra o Bahia, hoje, às 21h45, na Fonte Nova, a disputa de uma vaga nas quartas de final, com R$ 2,4 milhões já garantidos. Se avançar, o Cruzmaltino terá direito a mais R$ 3 milhões na próxima fase. Em delicada situação financeira, o Vasco lutará para manter vivo o sonho do título, que, este ano, valerá R$ 50 milhões ao campeão.
A goleada de 4 a 1 sobre o América-MG, pelo Campeonato Brasileiro, foi um sinal positivo após a eliminação na Libertadores. O trauma da derrota de 4 a 0 para o Cruzeiro, em casa, marcado pela invasão de integrantes de organizadas ao treino do dia seguinte, é deixado para trás aos poucos. E o desempenho da equipe em campo será fundamental para não atrair para o futebol a crise que assola os bastidores políticos do clube.
Com o desfalque de Thiago Galhardo e Rildo, machucados, o técnico Zé Ricardo, que também não contará com Rafael Galhardo e Evander, remonta o quebra-cabeças vascaíno. Destaque na vitória sobre o Coelho, Bruno Cosendey deve ganhar uma chance no meio de campo.
FERNANDO MIGUEL ANUNCIADO
Recuperado de uma virose, Wagner será a novidade na armação e Caio Monteiro deve ser mantido mais à frente, próximo a Andrés Ríos. Xodó da torcida, Kelvin entrou bem nos últimos dois jogos, mas iniciará o duelo em Salvador como opção no banco.
Aprovado nos exames médicos, o goleiro Fernando Minguel, de 33 anos, foi confirmado como reforço até o fim de 2019. Ele chega para ocupar a reserva de Martín Silva. Ainda no mercado, o Vasco tenta avançar na negociação com Arouca, emprestado pelo Palmeiras ao Atlético-MG. No entanto, os valores envolvidos na transação com o volante, de 31 anos, travaram o acerto. O Cruzmaltino tenta o empréstimo gratuito e com a despesa salarial dividida.
O presidente do Vasco, Alexandre Campello, quebrou o silêncio e se posicionou sobre a entrega do cargo de 13 vices, que colocaram sob suspeita a venda de Paulinho para o Bayer Leverkusen. Em coletiva concedida em São Januário, ele rebateu as denúncias dos antigos aliados e garantiu que não cogita a renúncia. “Jamais. Sou homem de ir até o fim em tudo o que faço”, afirmou Campello.
Sobre as denúncias de irregularidade na transferência de Paulinho para o futebol alemão, ele chegou à coletiva com a pasta com os arquivos do atacante, que os 13 vice-presidentes informaram ter sumido. E confirmou que o dinheiro da transação com o Bayer (R$ 76,7 milhões) já entrou na conta do clube.
“O dinheiro (de Paulinho) entrou. No momento oportuno, vai estar dentro das manifestações contábeis. Entrou e está sendo utilizado para pagar os nossos compromissos”, ressaltou.
O presidente não teme a articulação da oposição em um possível impeachment. Nos bastidores, Campello se aproximou de conselheiros influentes como Fernando Horta, Otto Carvalho, José Luís Moreira, Jorge Salgado e Antônio Peralta. “Dizem que estou isolado, o que não é verdade. Recebi apoio das mais diversas áreas. Hoje, estou muito mais forte do que estava antes”, garantiu.
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