Geisel autorizou execuções sumárias
Informação a respeito de presidente da Ditadura está em documento da CIA
Memorando de abril de 1974 por William Colby, então diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, afirma que o presidente Ernesto Geisel (1974-1979) decidiu manter a política de “execução sumária” de opositores do regime militar praticada pelos órgãos de segurança durante a presidência de Emílio Garrastazu Medici (1969-1974).
Geisel, porém, segundo o documento, impôs condições ao Centro de Informações do Exército (CIE), órgão apontado como responsável pelas execuções: elas só deveriam ocorrer em casos excepcionais e com a autorização do Palácio do Planalto, mediante consulta ao diretor do Serviço Nacional de Informações (SNI), general João Baptista Figueiredo.
O Departamento de Estado Americano tirou do memorando a classificação de confidencial em 2015. Foi descoberto pelo pesquisador Matias Spektor, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV). O memorando tem o número 99 e é da gestão Nixon.
O assunto do documento é descrito como “decisão do presidente brasileiro Ernesto Geisel de continuara execução sumária de perigosos subversivos sobre certas condições”.
Por meio de nota, o Exército informou que “os documentos sigilosos” do período foram destruídos. Do Estadão Conteúdo