Massacre na Faixa de Gaza
Confrontos na fronteira com Israel deixam ao menos 55 palestinos mortos e 1,7 mil feridos
Opresidente palestino, Mahmoud Abbas, denunciou um “massacre” na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, depois que soldados israelenses mataram pelo menos 55 palestinos ontem. Abbas decretou três dias de luto nos Territórios Palestinos e afirmou que “os Estados Unidos não são mais mediadores no Oriente Médio”. Os palestinos protestavam contra a inauguração da embaixada americana em Jerusalém, cidade sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.
Foi o dia mais violento do conflito entre Israel e Palestina desde a guerra de 2014 na Faixa de Gaza. O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, informou que oito das 52 vítimas fatais têm menos de 16 anos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu o uso da força porque “todo país tem a obrigação de defender seu território”.
As ONGs Anistia Internacional e Human Rights Watch (HRW) denunciaram um uso injustificado de munição real, com a primeira organização denunciando uma “violação abjeta” dos direitos humanos e “crimes de guerra”.
O massacre aconteceu no aniversário de 70 anos da criação do Estado de Israel. Hoje, são lembradas as sete décadas da ‘Nakba’, o início da expulsão de centenas de milhares de palestinos de suas aldeias.