Paolo Guerrero perde a batalha final
Atacante leva gancho de 14 meses por doping, fica fora da Copa e seu futuro no Flamengo está indefinido
ACorte Arbitral do Esporte (CAS) ampliou a pena de Paolo Guerrero para 14 meses por doping e acabou com as esperanças de o atacante disputar a Copa do Mundo da Rússia. Como a defesa não tem mais direito a recurso, e seu contrato termina no dia 10 de agosto, o peruano dificilmente voltará a vestir a camisa do Flamengo.
A decisão da CAS é consequência de um recurso apresentado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), que pediu o aumento da pena de seis meses para dois anos de suspensão. O julgamento ocorreu no último dia 3 no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), em Lausanne, na Suíça. Com isso, Guerrero só estará apto a jogar em janeiro do ano que vem, já que cumpriu seis meses da pena.
Em nota oficial, o TAS informou que a punição é justificada pela negligência do jogador, que teria ingerido chá de coca antes de enfrentar a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa, em outubro do ano passado.
aCUSaÇÃo dE CoMPLÔ
A pena pegou de surpresa o atacante, que posou para fotos com a camisa da seleção peruana na manhã de ontem. Em depoimento ao ‘Canal N’, do Peru, Guerrero se mostrou indignado. “Às pessoas que contribuíram com essa vergonhosa injustiça, digo que estão me roubando o Mundial e, quiçá, minha carreira. Espero que consigam dormir em paz. Eu estou vendo com meus advogados como tomar as próximas ações”.
Inconformada, a mãe de Guerrero, Petronila Gonzales, afirmou em entrevista ao site peruano RPP que existe um complô para deixá-lo fora da Copa. Ela acusou o atacante Pizarro, ex-companheiro de Bayern Munique e concorrente do rubro-negro na seleção, de ser um dos envolvidos.
“Estão lhe cortando as pernas porque há outros interesses… Claudio Pizarro. Desde o Bayern de Munique ele vem prejudicando meu filho. A vida toda o pai de Pizarro dizia que seu filho era melhor do que o meu. O pai dele inclusive disse para Guerrero procurar outro clube”, contou.