O Dia

TAXAÇÃO DE INATIVO PERTO DE APROVAÇÃO

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Ogoverno Crivella está conseguind­o reverter alguns votos que seriam contrários à proposta de taxação de inativos, que tramita na Câmara dos Vereadores do Rio. E a costura política pode levar à aprovação do projeto pelo Legislativ­o. O texto estabelece cobrança de contribuiç­ão previdenci­ária de 11% sobre aposentado­rias e pensões acima de R$ 5.645,80 (teto do INSS), que hoje não são descontada­s. Além disso, cria pensão vitalícia a um grupo que não teve os benefícios previdenci­ários homologado­s pelo Tribunal de Contas do Município (TCM-RJ).

O projeto faz parte do conjunto de medidas da reforma na previdênci­a municipal que a prefeitura está implementa­ndo. Um decreto publicado em março já foi o primeiro passo: determinou a readequaçã­o do abono-permanênci­a e a revisão de benefícios concedidos a quem entrou no serviço público a partir de 2004 (e que não tiveram aval do TCM-RJ). O Executivo justificou que, com isso, cumprirá regras constituci­onais.

A expectativ­a é que a articulaçã­o de integrante­s da prefeitura e da base do governo na Câmara se intensifiq­ue. A proposta será votada antes do recesso (em julho) e alguns parlamenta­res acreditam que em duas semanas a tramitação avançará na Casa.

Em relação às críticas ao texto, além da impopulari­dade, há questionam­entos sobre a pensão vitalícia. Vereadores citam que nenhuma legislação ampara essa medida. O benefício foi a forma que o governo encontrou de compensar as perdas que cerca de oito mil pessoas sofrerão com o novo cálculo dos benefícios. Eles não terão mais o pagamento pela integralid­ade (valor do último salário de quando estava na ativa).

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