O Dia

Opositor ameaça ‘vitória certa’ de Nicolás Maduro

Reta final da campanha venezuelan­a tem rebelião, guerra de pesquisas e Maradona

- > Caracas, Venezuela

AVenezuela chega às eleições presidenci­ais antecipada­s, marcadas para domingo, no clima turbulento comum ao país nos últimos anos. Surpreende­ntemente, institutos de pesquisa indicam a possibilid­ade de o candidato oposicioni­sta Henri Falcón, um chavista dissidente que se lançou na disputa contra a vontade da maioria da oposição, vencer o pleito. Enquanto isso, presos políticos fizeram uma rebelião e Diego Maradona foi ao país prestigiar a campanha do atual presidente, Nicolás Maduro.

A empresa Datanálisi­s indicou em pesquisa empate técnico entre Maduro e o opositor Falcón. Outros institutos, como Delphos e Hinterlace­s, colocam o atual presidente como favorito, apesar dos 75% de impopulari­dade por conta da crise. Mas Falcón divulgou pesquisa, do Instituto Datincorp, na qual ele tem 34% contra 22% de Maduro. Ou seja, ninguém sabe o que pode acontecer.

A oposição, reunida na Mesa da Unidade Democrátic­a (MUD) diz que, “em 20 de maio começa a intensific­ação dos esforços que permitam que este ano possamos contar com eleições verdadeira­s na Venezuela”, como disse o deputado Juan Pablo Guanipa, em nome da coalizão.

O argentino Diego Maradona participou ontem do último dia de campanha de Maduro, subindo ao palco em um comício. “Somos soldados de Nicolás”, afirmou.

Enquanto isso, opositores e um americano continuava­m ontem, pelo segundo dia, a tomada das celas do Serviço de Inteligênc­ia, em Caracas, exigindo a libertação dos presos. Em vídeo, o americano Joshua Holt pediu “ao meu povo, aos meus senadores, que, por favor, não me deixem sozinho aqui”.

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AFP PHOTO / JUAN BARRETO O oposicioni­sta Henri Falcón em campanha na periferia de Caracas

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