Sem verba, intervenção não aumenta segurança
Gabinete promete aumentar número de policiais nas ruas e fazer licitações
Clima era de revolta, ontem, no enterro de Soraia Macedo de Lemos, a jovem de 17 anos morta durante assalto na Ilha do Governador. No mesmo momento era sepultado o cabo Rafael Estêvão, 50º PM a ser assassinado no Rio em 2018. Militares federais ainda não puderam usar recursos prometidos.
Aintervenção na segurança do Rio completou três meses e, a partir de agora, o dinheiro prometido pelo Governo Federal no início do processo, será aplicado através de licitações. E uma das promessas é intensificar o número de policiais nas ruas.
Na segunda-feira, foi realizada uma votação no Congresso para autorizar os trâmites necessários para a utilização de R$ 1,2 bilhão pelo Gabinete da Intervenção.
Em entrevista à TV Globo, ontem, o secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, afirmou que a verba já está liberada. “O crédito já existe, o dinheiro já está disponível. O que nós fizemos até então? Nós não estamos parados. As planilhas estão todas elaboradas. Nós temos o levantamento, temos os dados, sabemos onde vamos aplicar estes recursos. Agora, isso vai começar a ser feito de uma maneira correta e legal”, disse o secretário.
O general Richard Nunes destacou ainda que aumentou a quantidade de policiais em patrulhamento. “Nós colocamos cerca de 1,5 mil policiais a mais nas ruas por dia. Isso é fundamental, pois aumenta a ostensividade. Nós temos que ter uma presença mais efetiva do policiamento. As pessoas têm que ver a polícia, têm que se sentir mais protegidas”, finalizou Nunes.