O Dia

Deputado Pedro Paulo faz duras críticas a governador

- PAULO CAPPELLI e-mail: paulo.cappelli@odia.com.br

Principal aliado político de Eduardo Paes (DEM), o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (DEM-RJ) critica duramente o governo Pezão (MDB): “Não avança em nada”. Para ele, o fato de Paes ter sido do MDB não será empecilho na corrida ao Palácio Guanabara: “O que será colocado na campanha são as administra­ções de cada um”.

■ O DIA: Como avalia a gestão de Pezão após a assinatura do pacto de recuperaçã­o financeira com a União?

■ Depois de ter passado quase um ano dedicado ao regime de recuperaçã­o fiscal, vejo que o estado não está avançando em nada. As decisões do governador têm sido contraditó­rias em relação ao momento que a gente vive.

■ Por exemplo...

● Não há nenhuma transparên­cia em relação à redução dos incentivos fiscais, sendo que a lei obriga redução de 10% ao ano. Não se sabe se, nestes oito meses de regime de recuperaçã­o, isso está sendo cumprido. Com relação à contenção de despesa com pessoal, há uma série de vedações na lei complement­ar e ainda nenhuma regulament­ação pelo estado. E mais: de um lado, o Tribunal de Contas do Estado rejeita as contas do governo em um relatório de 800 páginas; do outro, o governo pede mais um empréstimo de R$ 3 bilhões, o que agrava o descumprim­ento da regra de ouro. Falta compreensã­o. Tem que ter medidas duras. O próximo governador terá que ser muito mais um gestor de uma massa falida do que um executivo.

■ Como próximo governador, seu partido defende o nome de Eduardo Paes (DEM). O fato de ele ter sido aliado e correligio­nário de Pezão não atrapalha esse discurso?

● Não. Acredito que o que vai estar sendo colocado na campanha são as administra­ções. O que é a administra­ção do governo atual, o insucesso dessa gestão, e o que foi a administra­ção do Eduardo Paes, da qual eu tive a honra de participar. Uma administra­ção de sucesso que promoveu o maior ciclo de investimen­tos da cidade. A imagem do Eduardo na eleição será avaliada pelo que ele fez. Acho que está claro que ele diverge da forma como o estado é conduzido. E ainda contamos com o desastre da gestão Crivella (PRB), o nosso maior cabo eleitoral.

■ Eventual apoio do MDB seria bem-vindo? ● Não vejo nenhum tipo de problema em ter o apoio do MDB. A salvação do Rio vai significar um esforço de toda a política. A gente não pode negar a força do MDB no interior, na Baixada. O desafio do governador é construir, não é destruir nem achar que estará recluso a um ideário partidário.

■ Quem seria o vice ideal? ● Um nome da Baixada ou do interior seria importante, porque naturalmen­te o Eduardo é visto como um quadro da capital. E é do conhecimen­to de todos que desejamos que o PDT componha a nossa chapa.

■ Mas quem seria esse vice? O PDT lançou a pré-candidatur­a de Pedro Fernandes...

● Por conta da liturgia, prefiro não ser deselegant­e citando nomes. Seria uma decisão do PDT.

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ESTEFAN RADOVICZ/ AGÊNCIA O DIA
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