Observador da imprensa
Ojornalista Alberto Dines, fundador do Observatório da Imprensa, morreu ontem, aos 86 anos. Dines estava internado há dez dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Carioca, ele começou a carreira no jornalismo em 1952 na revista A Cena Muda e no ano seguinte participou da fundação da revista Visão para acompanhar reportagens
da área artística. Em 1957, trabalhou na revista Manchete, de propriedade de Adolpho Boch. Dois anos depois foi diretor do segundo caderno do jornal Última Hora, de Samuel Wainer. No ano seguinte, dirigiu o jornal Diário da Noite, dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Em 1962 virou editor-chefe do Jornal do Brasil, onde permaneceu até 1973.
No ano seguinte foi professor-visitante na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, de onde voltou para ser diretor da sucursal da Folha de S. Paulo, no Rio de Janeiro. Em 1980, deixou o jornal e passou a colaborar em O Pasquim.
Mudou-se para Lisboa em 1988, onde lançou a revista Exame, do Grupo Abril. Ainda em Lisboa lançou o Observatório da Imprensa, uma
entidade sem fins lucrativos dedicada a avaliar a qualidade do jornalismo brasileiro. Dines retornou ao Brasil em 1994. Em 1998, lançou o Observatório da Imprensa na TV Educativa. O programa foi, posteriormente, produzido pela TV Brasil e saiu do ar em 2016. O sepultamento está marcado para hoje, às 13h30, no cemitério de Embu das Artes, em São Paulo.