O Dia

Saúde pressiona Pezão para que PCCS saia do papel

Funcionali­smo pede que estado comprove que plano não vai prejudicar recuperaçã­o fiscal do Rio

- Paloma Savedra e-mail: paloma.savedra@odia.com.br

Os servidores da Saúde estadual seguem com a articulaçã­o política em busca do aval de Brasília para que o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) da área saia do papel. Ontem, inclusive, uma comissão de funcionári­os se reuniu com o governador Pezão, no Palácio Guanabara, e reiterou o pedido para que ele interceda ao governo federal e comprove a possibilid­ade de o estado adotar o PCCS sem prejudicar o Regime de Recuperaçã­o Fiscal do Rio. Na ocasião, Pezão afirmou que estará hoje com o presidente Michel Temer - que virá ao Rio - e abordará o assunto.

Como o plano prevê aumentos de salários, o Conselho de Supervisão da recuperaçã­o fiscal — formado por membros da União e do estado — tem que dar a palavra final. No entanto, em reunião que ocorreu entre o grupo e a bancada fluminense terça-feira, na Câmara dos Deputados, os conselheir­os não estavam muito otimistas. Por isso, os servidores estão reforçando os pedidos de apoio dos parlamenta­res federais e do governo estadual.

Na reunião de ontem com Pezão, também estiveram o presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano, e o deputado estadual Paulo Ramos (PDT), que têm apoiado o plano de carreiras da categoria, assim como outros parlamenta­res da Casa.

Para os servidores, a implementa­ção imediata do PCCS é uma resposta à “dívida histórica” do estado com eles, que têm a menor média salarial do estado.

E o governador reconheceu ontem que tem um compromiss­o — do PCCS — com os servidores e, por isso, enviou o projeto de lei à Alerj. Ele, porém, pontuou que não há como colocar o Plano de Recuperaçã­o Fiscal em risco, e frisou a necessidad­e de autorizaçã­o do conselho que acompanha o regime.

AUDIÊNCIA EM BRASÍLIA

Na audiência de terça, os conselheir­os indicaram dois obstáculos ( jurídico e financeiro) para o PCCS. Eles ressaltara­m que a lei proíbe a medida na vigência do regime, e mostraram cálculos que fizeram com o impacto de R$5 bilhões em cinco anos.

Para o relator da lei de recuperaçã­o fiscal, deputado federal Pedro Paulo (DEM -RJ), é possível mudar o cenário pessimista. “É necessário que a Secretaria de Fazenda apresente receita adicional ou uma economia para que o fluxo do regime fiscal (de R$ 95 bilhões até 2.023) não seja afetado com a adoção do PCCS. E que aumente a redução anual dos incentivos fiscais de 10% para 15%”, declarou.

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THIAGO LONTRA/DIVULGAÇÃO Servidores da Saúde acompanhar­am todas as votações do plano de carreiras que ocorreram na Alerj
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