A HORA DA MUDANÇA
Após anos de grave crise política, Teresópolis se prepara para eleger o novo prefeito do município. No total, nove candidatos disputam a eleição.
Teresópolis voltará às urnas. A cidade da Região Serrana do Estado do Rio vai eleger novo prefeito no dia 3 de junho. No total, serão nove candidatos ao cargo de chefe do Executivo. O vencedor irá ocupar a vaga deixada pelo ex-prefeito afastado Mário Tricano e o vice Sandro Dias. Interinamente, a cadeira está com o presidente da Câmara dos Vereadores, Pedro Gil.
Vão concorrer ao cargo de prefeito os candidatos Carlos Dias Filho (DEM), Luiz Antonio Dantas Ribeiro (MDB), Maria Correa Bertoche (PSOL), Milton Cezar Ramos Rodrigues (PSDB), Nelson da Costa Durão (PRP), Odenir Cardoso Moreira (PP), Roberto José de Mello Oliveira Alves Filho (PT), Roberto Petto Gomes (SD) e Vinicius Cardoso Claussen da Silva (PPS).
A nova eleição acontecerá devido ao afastamento definitivo da chapa composta por Mário Tricano e Sandro Dias. Afinal, o prefeito foi considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa e não poderia ter se candidatado à eleição de 2016. Só que, na ocasião, ele concorreu ao cargo graças à liminar na Justiça. Em março passado, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a inelegibilidade e Tricano decidiu acatar a decisão do STF.
Candidato pela primeira vez ao cargo, Vinicius Claussen (PPS) acredita que Teresópolis necessita de um choque de gestão, que faça a cidade avançar. Ex-presidente do Teresópolis Convention & Visitors Bureau e ex-diretor do Associação Comercial, Industrial e Agrícola, o empresário aposta no turismo e na agricultura do município para a geração de emprego e renda. Ainda segundo ele, também é preciso investir em saúde, educação e transporte, entre outras áreas.
Ainda conforme o candidato do PPS, Teresópolis é atualmente uma das cidades mais favelizadas de todo o Estado do Rio e está décadas atrás das vizinhas Petrópolis e Nova Friburgo. De acordo com Vinicius Claussen, não dá mais para que alguns partidos queiram se perpetuar no poder.
“Vamos chamar o TCU, TCE e o Ministério Público para nos ajudar a fazer uma auditoria pública, revendo todos os contratos e concessões celebrados pela prefeitura. Nosso objetivo é trazer à sociedade a transparência. A população tem de estar presente junto à nossa gestão e criaremos canais de diálogo direto. A cidade precisa evoluir”, avisa Vinicius Claussen, caso seja eleito prefeito.
A realização de auditorias das contas municipais também será uma das medidas de Luiz R ro (MDB), caso vença as ele de 3 de junho. Afastado da pública há vinte anos, o c dato, que concorreu em garante que Teresópolis cisa acabar com o desper de verbas. Ainda segund
Ribeieições a vida candi2016, s prerdício do ele, os últimos governos arrasaram com o município.
“É preciso fechar os ralos por onde escorre o dinheiro do contribuinte. Teresópolis precisa de muita coisa, mas a saúde será prioridade absoluta no meu governo. Vamos reativar os postos de saúde para desafogar a UPA”, adianta Luiz Ribeiro.
USINA DE LIXO
Para o candidato Carlos Dias (DEM), Teresópolis precisa de um grandioso projeto de modernização política, além de ser criado um meio de gestão moderno e transparente. Ainda segundo ele, é necessário enxugar a máquina e consolidar a vocação turística.
“Caso sejamos eleitos, vamos lançar editais para a concessão de diversos serviços públicos, como água e esgoto, iluminação pública e o estacionamento rotativo. Também queremos investir no saneamento básico e em uma grande usina de transformação do lixo em energia”, enumera Carlos Dias.
Vereador por quatro mandatos, Odenir Cardoso Moreira (PP), mais conhecido como Quincas, acredita que, independente do vencedor da eleição de 3 de junho, o trabalho de futuro prefeito será o de fazer com que Teresópolis volte a ser reconhecida como a melhor cidade em qualidade de vida da Região Serrana. Para tanto, vai ser preciso recuperar o tempo perdido ao longo dos últimos anos.
“Precisamos de uma boa gestão. É fazer com a administração pública o que fazemos com as empresas, com a iniciativa privada. Precisamos de uma gestão moderna e que equalize receitas e despesas, que possa fazer os investimentos necessários para a população ter serviços públicos com qualidade”, exemplifica Quincas.
Já o candidato Roberto Mello (PT) pondera que Teresópolis precisa de uma boa administração, que atenda aos interesses da cidade e da população. “Precisamos de um prefeito que cuide da cidade e da população, que trate a coisa pública com honestidade, que ouça os cidadãos e promova políticas públicas de interesse geral, colocando o interesse público acima do interesse privado”, argumenta o petista.
Maria Bertoche (PSOL), por sua vez, destaca que é necessário organizar as contas e saber o tamanho do estrago atual da prefeitura. “A primeira medida a ser tomada é auditar as terceirizações e revogar as isenções injustas”, conta ela.
PROGRAMAS DE GOVERNO
No programa de governo de Milton Cezar Ramos Rodrigues (PSDB), conhecido como Da Ponte, o objetivo é promover a redução nos gastos públicos, mas sem prejudicar a qualidade dos serviços básicos. Ainda conforme a plataforma governamental do candidato, está prevista uma gestão enxuta, com valorização dos servidores municipais.
Já o programa de governo de Nelson Durão (PRP) não prevê qualquer milagre. Ao contrário, o objetivo é combate a corrupção com medidas variadas. Caso eleito, o candidato garante que a prefeitura irá ficar responsável pela coleta do lixo e pela merenda escolar. Haverá ainda nova licitação do transporte público e a criação da empresa Terê Luz e do Conselho Municipal de Controle Social, que terá como objetivo acompanhar todos os gastos do Executivo.
O candidato Roberto Petto Gomes (SD), por sua vez, pretende valorizar o funcionalismo público e investir na busca de soluções para os problemas mais urgentes na saúde, educação, infraestrutura e meio ambiente. O programa também prevê melhorar os indicadores sociais para garantir qualidade de vida.
A votação vai ocorrer no dia 3 de junho e o próximo prefeito ficará no cargo até 31 de dezembro de 2020