O Dia

Segurança PARA TODOS

Especialis­tas falam sobre itens de segurança e peso deles na redução de fatalidade­s no trânsito. Controle de estabilida­de diminui em até 74% chances de capotament­o

- LUCAS CARDOSO lucas.cardoso@odia.com.br

Pesquisas apontam que 90% dos acidentes nas estradas brasileira­s acontecem devido a falhas humanas. Perda de controle do veículo, imprudênci­a e cansaço são algumas das causas. Para mudar essa realidade, ‘novos’ dispositiv­os de segurança tais como detectores de fadiga, assistente­s de frenagem de emergência e airbags externos prometem reduzir essa estatístic­a. Este mês, em meio a ações de conscienti­zação no trânsito da campanha ‘Maio Amarelo’, o DIA conversou com especialis­tas sobre mudanças que a tecnologia pode proporcion­ar.

O superinten­dente técnico do CESVI/MAPFRE, Emerson Feliciano, afirma que a segurança veicular nada mais é do que o processo de desenvolvi­mento de tecnologia­s e soluções automotiva­s que tem o objetivo de proteger motoristas, passageiro­s e, eventualme­nte, demais pessoas envolvidas no trânsito. “Itens de segurança, tecnologia­s embarcadas e boas práticas na direção são três aspectos que, quando alinhados, tendem a diminuir o número de acidentes”, comenta.

Segundo o especialis­ta, institutos de pesquisa internacio­nais como a Euro NCAP e o Australasi­an NCAP já conseguira­m mensurar os benefícios da segurança veicular: Frenagem Autônoma de Emergência (AEB, na sigla em inglês) reduz em 38% as chances de colisões traseiras em situações reais; airbags laterais reduzem o risco de fatalidade em 37% (52%, no caso de SUVs). Além desses dois, o Controle Eletrônico de Estabilida­de (ESP) diminui as chances de acidentes fatais em 23% e de capotament­os em até 74%.

De acordo com Rodrigo Mourad, sócio- fundador da Cobli, startup especializ­ada em melhorar a gestão de frotas, a indústria automotiva tem potencial para trazer soluções mais rápidas, mas essas iniciativa­s esbarram na legislação e na ausência de desenvolvi­mento de infraestru­tura viária. “O prazo para a regulament­ação é lento demais no nosso país. Do estudo até a aprovação, são muitas etapas. Vidas vão se perdendo no caminho”, comenta.

Contudo, apesar das tecnologia­s automotiva­s estarem cada vez mais inovadoras, seguras e com positivo resultado de eficiência, ainda é necessário que o motorista esteja focado na condução do veículo e encare os itens de segurança como essenciais. “Muitos consumidor­es deixam de optar por certos itens, por serem considerad­os caros. Porém, toda proteção adicional do veículo vale a pena, uma vez que pagar um pouco a mais por segurança não é gasto, é investimen­to”, alerta o superinten­dente da CESVI.

As tecnologia­s embarcadas podem alertar ou substituir o motorista em momentos de falhas e descuidos RODRIGO MOURAD, sóciofunda­dor da Cobli

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Sensor de fadiga evita que o motorista caia no sono (foto acima). Volvo V40 é um dos modelos mais equipados no país (abaixo).
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