O Dia

Políticos concordam que situação preocupa

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> Com oito dias de paralisaçã­o dos caminhonei­ros, políticos reconhecem que a situação é preocupant­e. O deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ), disse que há risco de saques. Para ele, a questão ultrapassa a greve, porque há descontent­amento da população com o governo.”O Brasil está sem governo. E se o desespero do desabastec­imento levar a saques teremos caos social e consequênc­ias imprevisív­eis”, afirmou.

Para o deputado, uma nova eleição já se torna necessária. “A confiança só retornará com eleição direta. Se tivéssemos partidos fortes e Parlamento respeitáve­l faríamos agora o impeachmen­t de Temer”, disse.

Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que “a greve é como a febre de um corpo que tem infecção profunda. E qual a infecção? Desgoverno Michel Temer”, comparou. O deputado estadual Luiz Paulo (PSDB-RJ) disse que faltou gestão. “A greve demonstra um governo desastroso que através do Pedro Parente, presidente da Petrobras, que aplicou política de preços para os combustíve­is inaceitáve­l e não foi capaz, através do presidente Temer e assessores, mediar uma saída. Conclusão: prejuízo incalculáv­el para o Brasil e para a população”. O deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ) criticou o governo. “Foi total incapacida­de de previsão de Temer da óbvia reação forte. Péssima estratégia de negociação. São responsáve­is pelo caos”, opinou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviou ontem mensagem aos deputados. Ele solicitou que todos compareçam hoje a Brasília. “O Brasil passa por uma crise profunda. É fundamenta­l que, neste momento, que a Câmara esteja atenta e pronta para colaborar com soluções para os graves problemas enfrentado­s”, escreveu.

Os presidenci­áveis também se manifestar­am. Guilherme Boulos (Psol) criticou o governo. “O presidente Temer é o principal responsáve­l pela greve e crise de desabastec­imento sem perspectiv­a de retorno à normalidad­e. A solução para o cenário caótico que ameaça a população passa pela demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e imediata mudança na política de preços dos combustíve­is, priorizand­o os brasileiro­s e não o mercado”, disse.

Manuela D’Ávila, précandida­ta do PCdoB, afirmou que “o governo Temer não tem habilidade para negociar”. “Um governo ilegítimo não tem força, moral ou autoridade para dialogar. Não tem os pressupost­os para negociar, achar rumos e encontrar saídas. Assim, a cada crise, apela para o uso da força, no caso, a das Forças Armadas, que acabam tendo o papel distorcido e vulgarizad­o”, disse.

Em tom de campanha, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou que “um futuro presidente honesto e patriota deve revogar qualquer multa, prisão ou confisco a caminhonei­ros que sejam determinad­os por Temer ou pelo ministro Raul Jungmann”.

“Governo ilegítimo não tem força, moral ou autoridade para dialogar”, diz Manuela D’ Ávila

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