O Dia

Decepção e vaias na fria atuação do Botafogo

Alvinegro empata com o Vitória, frustra a torcida e estaciona na tabela do Brasileiro

- ALYSSON CARDINALI alysson.cardinali@odia.com.br

Um domingo de sol, com céu azul, digno do verão carioca. Em campo, porém, uma atuação fria do Botafogo, típica de inverno. Os 5.857 alvinegros presentes ao Nilton Santos esperavam ver o time dar um calor no Vitória, mas ficaram frustrados com o empate em 1 a 1 e com o fato de a equipe estacionar na 12ª posição no Campeonato Brasileiro — manteve, ao menos, a invencibil­idade, em casa, com duas vitórias e dois empates.

O Botafogo foi a campo com três volantes, tática pouco recomendáv­el para um jogo diante de sua exigente torcida. Teve mais posse de bola, mas, pouco agressivo, quase não ameaçou a meta adversária. O ritmo modorrento agradou ao Vitória, fechado na defesa e explorando contra-ataques. A tarefa do time baiano ainda foi facilitada pela falta de criativida­de alvinegra.

Mais na base da transpiraç­ão do que da inspiração, o time de Alberto Valentim fez da correria a arma para suprir a falta de talento. Não conseguiu. Talento que faltou a Gustavo Bochecha, Jefferson e Marcinho no lance do gol do Vitória, aos 38 minutos. O zagueiro recuou bola do meio de campo, o goleiro deu passe errado para o lateral, que perdeu a dividida para Neilton e viu o camisa 10 tocar para Denilson, livre na área, fazer 1 a 0.

A desvantage­m no placar levantou a ira da torcida, só aplacada aos 43 minutos. Após novo recuo da intermediá­ria, de Matheus Fernandes para Jefferson, o goleiro não titubeou e deu um chutão para a frente. A bola chegou a Kieza, que se livrou de Ramon, e tocou na saída de Elias para empatar. Dois gols em um jogo fraco tecnicamen­te.

Após o sofrimento na primeira etapa, o técnico Alberto Valentim caiu na real e mudou o esquema tático alvinegro. Voltou do intervalo com Aguirre na vaga de Gustavo Bochecha e, com dois atacantes, o Botafogo, enfim, passou a incomodar mais a meta do Vitória.

O próprio Aguirre, aos 11, arriscou de longe e Elias teve que mostrar serviço. O time baiano, porém, não se abalou com a nova postura do adversário. Adotou marcação avançada e também foi ao ataque.

O jogo, enfim, melhorou. Não muito, é verdade, já que o Botafogo só voltou a criar uma chance real de gol aos 37 minutos, em finalizaçã­o de Rodrigo Lindoso rente à trave, dentro da pequena área, e em cabeçada do camisa 5, aos 39, em cima de Elias. Tarde de sol, mas de jogo frio, de frustração e de vaias no Estádio Nilton Santos.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil