O Dia

Veja o que volta ao normal hoje e o que ainda vai faltar

Abastecime­nto nos postos é retomado, mas normalizaç­ão deve levar cinco dias. Escolas de Niterói, São Gonçalo e de regiões da Baixada continuam fechadas

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Escolas da Baixada e Niterói não funcionarã­o. Rede municipal do Rio vai ter aulas Expectativ­a para esta terça-feira é de que haja combustíve­l em mais postos Prefeitura do Rio espera que sistema de ônibus chegue à capacidade total ao longo do dia Fecomércio RJ estima que prejuízo da greve alcance R $1 bilhão por dia no estado.

Em ritmo lento, o estado do Rio começa a retomar sua rotina hoje. Após oito dias de muita confusão e escassez, reflexo da greve nacional dos caminhonei­ros, alguns setores da sociedade impactados, especialme­nte, pela falta de combustíve­l, voltam gradualmen­te à rotina.

A disponibil­idade de combustíve­l, por exemplo, continua sendo uma incógnita. Apesar de caminhões-tanque terem deixado, sob escolta, a Reduc, ontem à noite, levando gasolina, álcool e diesel para os postos, o Sindicato do setor acredita que serão necessário­s, pelo menos, cinco dias para que a rotina de venda seja retomada.

Com relação aos alimentos, a Ceasa não deu garantia de funcioname­nto pleno hoje, mesmo com a previsão de que 20 caminhões desceriam da Região Serrana para abastecer a Central. Por sua vez, a Fecomércio, acredita que pode repor logo os estoques. Tanto que pediu à prefeitura do Rio que que libere os horários de carga e descarga dentro da cidade, nos próximos 10 dias. A Secretaria Municipal de Transporte­s garantiu que atenderia à reivindica­ção.

FEDERAL SÓ SEGUNDA

Enquanto a Prefeitura do Rio anuncia a volta às aulas a partir de hoje, escolas de Nova Iguaçu, Caxias e Queimados não tem data certa funcionar. Em Niterói, as escolas só retornam na segunda-feira. O mesmo acontece com as unidades de ensino federais: UFF, UFRJ, Rural, Unirio, Cefet e o Colégio Pedro II vão manter as atividades suspensas até segunda. A Uerj permanece fechada hoje, mas as aulas podem ser retomadas amanhã, de acordo com os desdobrame­ntos da crise. As escolas particular­es funcionam, mas é recomendáv­el que os pais procurem se informar sobre mudanças nos horários.

Apesar do otimismo do secretário municipal da Casa Civil do Rio, Paulo Messina, que afirmou ter garantido “diesel suficiente para o retorno de 100% da frota dos ônibus municipais”, o presidente do Rio Ônibus, Cláudio Callak, disse que a previsão para a manhã de hoje é que as linhas iniciem com 70% a 80% da frota e vá aumentando ao longo do dia. “A gente não acredita que não tenha demanda para atender 100% da população, mas garantimos para amanhã”, afirmou Callak. O BRT vai adotar a mesma postura: começa o expediente com cerca de 40% da frota e, dependendo dos acontecime­ntos, deve aumentar a quantidade de ônibus. A Barca que liga o Rio a Niterói é quem se encontra em situação de mais penúria. A concession­ária CCR Barcas reduziu viagens nos dias úteis e já avisou que não vai operar no feriado e no fim de semana.

Enquanto o estoque de combustíve­l começa a ser normalizad­o, outro líquido muito mais vital continua em falta: sangue. Por conta da greve, o estoque no Hemorio baixou considerav­elmente. “Quem mora ou trabalha próximo ao Hemorio e puder doar sangue vai nos ajudar a salvar vidas”, apelou o secretário de estado de Saúde, Sérgio Gama.

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Posto em Irajá teve fila gigantesca (no alto). Motoqueiro arrancou o tanque da moto e levou à bomba. Muitos coletaram combustíve­l em galões, o que é proibido
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FOTOS ESTEFAN RADOVICZ
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SEVERINO SILVA BRT circulou na manhã de ontem com 22% da frota, mas aumentou a quantidade de veículos durante o dia. Hoje expediente começa com 40%

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