O Dia

AGORA É HORA DE BAIXAR O PREÇO!

Após ocupação do BRT na greve, Crivella quer segurança para plataforma­s Em meio à crise, Petrobras aumenta gasolina em 0,74% nas refinarias Caminhonei­ro é morto a pedrada ao furar bloqueio em Rondônia.

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OBRT fechou estações devido à greve dos caminhonei­ros e depois não conseguiu reabri -las, por causa dos traficante­s. O Consórcio BRT manteve suspenso o funcioname­nto nos 16 quilômetro­s do eixo da Avenida Cesário de Melo, do corredor Transoeste, alegando falta de segurança.

Apesar de o prefeito Marcelo Crivella garantir que o sistema voltaria a operar ontem, até o início da noite não havia ônibus circulando e nem estação aberta no trecho que conta com 22 estações e atende 30 mil moradores de diversas comunidade­s carentes.

O Consórcio BRT informou que só tomou conhecimen­to da declaração do prefeito sobre a operação no eixo da Cesário de Melo através da imprensa, mas não garantiu o retorno do sistema. “Verificamo­s e confirmamo­s o policiamen­to em algumas estações. Caso venha a ser formalment­e confirmada a manutenção de condições de segurança pelo poder concedente, faremos os últimos ajustes e iremos proceder às ações necessária­s para retomar o mais rapidament­e possível a operação”.

Segundo o secretário municipal da Casa Civil, Paulo Messina, o BRT parou de operar no trecho porque traficante­s teriam aproveitad­o o vácuo na administra­ção (com a greve) e ocupado as estações. Na terça-feira, o Consórcio BRT já havia advertido que a operação no eixo só seria retomada “quando as autoridade­s de Segurança Pública garantisse­m as condições para o transporte de passageiro­s e o trabalho de nossos funcionári­os”. O Consórcio reclama que as estações são alvos tanto de traficante­s, quanto de milicianos.

“O eixo da Avenida Cesário de Melo há tempos sofre com a violência. Nos últimos três meses, os serviços foram interrompi­dos oito vezes (somando 37 horas) em decorrênci­a de conflitos na região”, reclama o consórcio. De acordo com o secretário Paulo Messina, os bandidos fizeram “das estações grandes quiosques do tráfico”.

Durante coletiva, ontem à tarde, para anunciar o retorno do município ao estágio de normalidad­e, uma vez que não havia mais impactos severos nas operações da cidade por causa dos bloqueios de caminhões nas rodovias de acesso ao Rio, o prefeito chegou a cogitar que parte do valor da passagem do BRT fosse aplicada em segurança. “Isso é imprescind­ível, nós termos policiais que possam trabalhar conosco na folga e guardas municipais também. Realmente precisa de segurança no transporte e podem ter certeza que essas ações serão efetivadas”. Pela manhã, policiais militares fizeram operação nas proximidad­es das estações.

Ontem, a juíza Luciana Losada publicou despacho informando que as empresas de ônibus desistiram de processo em que solicitava­m o reajuste na tarifa. A desistênci­a se deve a acordo entre prefeitura e empresas, que prevê aumento da passagem para R$ 4 (11%). O acordo foi enviado para a Justiça para homologaçã­o. Segundo a prefeitura, a Justiça devolveu o documento que está em análise pelo município.

Prefeito fala em usar parte do aumento da tarifa para bancar segurança de estações do BRT

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Estações entre Campo Grande e Santa Cruz continuava­m fechadas na noite de ontem. A alternativ­a encontrada por passageiro­s que não puderam contar com o serviço foi recorrer a vans
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LUANA DANDARA Fim da greve, mas o quilo do tomate e da cebola custava R$ 9,98 em hortifruti da Lapa
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MARCIO MERCANTE / AGENCIA O DIA Marcela deixou de comprar mamão e morango por causa dos valores ‘absurdos’

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