Vasco sofre, mas vence e dá um tempo na crise
Um belo gol solitário de Yago Pikachu salva a noite em São Januário, mas o time volta a errar muito e deixa os torcedores bem preocupados
Depois de três rodadas, o Vasco voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Os 13 desfalques dificultaram, e muito, a confirmação da vitória de 1 a 0 sobre o lanterna Paraná, em São Januário. O bonito gol de Yago Pikachu, com direito a lençol no goleiro Thiago Rodrigues, foi um dos raros momentos de beleza no tenso jogo, marcado pela polêmica arbitragem do gaúcho Leandro Vuaden.
Com dores no joelho esquerdo, o mesmo operado no início do ano, Breno aumentou a longo lista de baixas de Zé Ricardo. Ele se concentrou, mas acabou vetado. Ricardo Graça engrossou a lista de promessas em campo em busca da afirmação pessoal e da própria equipe na competição.
A baixa adesão da torcida — 4.854 presentes — foi um sinal de que a desconfiança ainda é maior do que a esperança após a sequência negativa na Copa do Brasil e no Brasileiro. Pressionado, o Vasco sentiu o peso da falta de entrosamento e, desorganizado, pouco ameaçou o Paraná.
Em meio a tantos jovens, Yago Pikachu, mais uma vez mais adiantado em campo, assumiu a responsabilidade e não desapontou o torcedor depois do belo lançamento de Andrey. Na velocidade, superou a defesa, encobriu com muita categoria o goleiro Thiago Fernandes antes de marcar, aos 43 minutos.
O gol trouxe alívio a todos vascaínos. Mas o Paraná não se entregou. Em busca da pri-
Riascos protagonizou um lance dos mais ridículos, ao furar, acertar a própria perna e se lesionar
meira vitória no Brasileiro, os visitantes se aproveitaram da fragilidade do Vasco para ameaçar. Riscos não ajudou muito e protagonizou uma das jogadas mais ridículas em campo ao furar um chute e pedir atendimento médico.
Giovanni Augusto, que entrou no lugar de Cosendey, também não colaborou para uma noite mais tranquila ao desperdiçar pênalti sofrido por Ríos. Foi a vez de Fernando Miguel aparecer duas vezes em chances claras.
No auge da pressão dos visitantes, Leandro Vuaden expulsou o zagueiro Neris e, depois, mostrou vermelho para o garoto Moreche, em duas jogadas típicas de cartão amarelo. Melhor para o Vasco, que, após muito sofrimento, conseguiu administrar a vantagem depois de seis minutos de acréscimos que pareceram uma eternidade para o torcedor.
“Foi sofrido, difícil. Não deveria ter sido assim, foi importante. Saí um tanto frustrado do jogo de Salvador, mas fui bem e pude ajudar dessa vez. O Vasco de unidade, do torcedor, que pode fazer a diferença”, disse Fernando Miguel.