O Dia

Campos dos Goytacazes investe em programas alternativ­os para voltar a crescer.

Para contornar a queda na arrecadaçã­o dos royalties do petróleo, prefeito Rafael Diniz, de Campos dos Goytacazes, cria alternativ­as para a geração de empregos e renda na cidade

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Ao assumir a Prefeitura de Campos dos Goytacazes, em 1° de janeiro de 2017, Rafael Diniz teve de tomar medidas drásticas em nome da governabil­idade. Afinal, era preciso se adequar à realidade de ter uma grave crise econômica à porta. Havia também a necessidad­e de se ajustar ao atual orçamento, com forte perda de recursos provenient­es dos royalties do petróleo.

Como lembra o prefeito, a queda de arrecadaçã­o dos royalties foi de quase R$ 150 milhões em quatro anos. Segundo ele, Campos recebeu, em fevereiro de 2014, mais de R$ 184 milhões. Já em fevereiro de 2017, a participaç­ão foi de R$ 35 milhões. Para piorar a situação, ao assumir, a prefeitura tinha déficit mensal de cerca de R$ 60 milhões.

“Foi com tal realidade que pautamos nossa gestão. Tomamos medidas duras, muitas vezes considerad­as impopulare­s, mas necessária­s para ajustar as contas. Conseguimo­s reduzir o déficit para cerca de R$ 20 milhões por mês. E, em fevereiro de 2018, recebemos R$ 41 milhões de royalties”, quantifica Rafael Diniz.

Com as dificuldad­es financeira­s, foi preciso criativida­de. Entre as medidas, a criação da Caravana Para Além dos Royalties, em 2017, programa com várias medidas para alavancar a economia e gerar emprego e renda. “Repensamos nossa cidade para além dos royalties. É preciso encontrar outras alternativ­as para, um dia, mais para a frente, podermos dizer que somos independen­tes da receita de tais recursos”, avisa.

AGRICULTUR­A

Uma das iniciativa­s da Caravana Para Além dos Royalties, o Tomatec, de produção de tomates e que teve o pontapé inicial na Fazenda Santa Helena, onde foram plantadas mil mudas da fruta. Até o fim do ano, outra seis localidade­s receberão o projeto. Além dele, o Mais Frango, com atualmente três mini granjas e que ganhará outras seis ainda em 2018. “Temos ainda o Mais Peixe, que está começando agora. Temos muitos tanques abandonado­s e resolvemos criar o programa”, adianta o prefeito.

Outra iniciativa é estimular o turismo. Segundo Rafael Diniz, estão sendo abertas diversas frentes para fortalecer o setor. Isso porque, além do turismo de negócios, a cidade tem atrativos ainda pouco explorados. “Temos montanhas, praias, rios, lagoa. Estamos montando estrutura mínima para atrair os turistas e movimentar a economia”, destaca.

O prefeito ainda acrescenta que outros dois programas também têm sido fundamenta­is para a atualidade e o futuro de Campos. Um deles é o Projeto Paraesport­e, que já realizou mais de 14 mil atendiment­os e, hoje, atende a 800 paratletas. Outro é o recém-implantado Viva a Ciência, que oferece bolsas de iniciação científica e tecnológic­a para alunos de instituiçõ­es de ensino superior — públicas e privadas. “Precisamos colocar Campos novamente como a cidade mais importante do interior do Estado do Rio e mostrar que temos capacidade para nos reconstrui­r”, finaliza Rafael Diniz.

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Entre as diferentes frentes para alavancar a economia, os programas agrícolas Tomatec e Mais Frango. No esporte, o projeto Paraesport­e, de apoio aos paratletas do município
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