O Dia

Condenado por infectar mulheres com vírus HIV

Na decisão da Justiça consta que homem optava por relações sexuais violentas com intenção de contaminar as parceiras

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Soropositi­vo, Renato Peixoto Leal Filho fez sexo com várias mulheres para contaminá-las intenciona­lmente. Esse foi o entendimen­to da juíza Lúcia Magalhães, que o sentenciou a sete anos de prisão. Vítimas eram atraídas pela internet.

Acusado de atrair mulheres para infectá-las com o vírus do HIV, Renato Peixoto Leal Filho, de 43 anos, foi condenado a sete anos de prisão pela juíza da 19ª Vara Criminal, Lúcia Regina Esteves de Magalhães. As vítimas eram seduzidas em sites de relacionam­entos e convencida­s para irem à casa dele na Barra da Tijuca, onde mantinham relações sexuais com Renato. Uma delas, de fato, contraiu a doença. Na decisão, a magistrada ainda manteve a prisão do acusado detido desde julho do ano passado.

De acordo com a juíza, Renato, soropositi­vo (quando a doença não se manifesta aparenteme­nte), optava por ter relações extremamen­te violentas com a intenção de repassar o vírus. Ele impunha ainda a condição da mulher transar com ele sem o uso de preservati­vo. Para uma das vítimas, Renato chegou a dizer que marcaria a vida dela, numa alusão velada à transmissã­o da doença.

A maior estratégia do homem era prometer às vítimas relacionam­ento sério com promessa de casamento. Para se passar por bom moço, segundo a decisão da magistrada, ele colocava nos sites de relacionam­ento até a foto da filha pequena.

FOTO DA FILHA

“Ele postava a foto de sua filha bebê e por isso nunca iria imaginar que ele fosse fazer o que fez”, revelou uma das vítimas em depoimento à Justiça. Também ao ser ouvido, Renato negou que tinha a intenção de contagiar as mulheres. Alegou ainda ser uma pessoa tímida e que, por isso, achava mais fácil conversar com as mulheres pela internet. No entanto, foi condenado por lesão corporal gravíssima.

As investigaç­ões foram feitas pela 16ª (Barra da Tijuca), a partir de denúncia das vítimas em agosto de 2015. No decorrer da apuração, foram surgindo possíveis vítimas e as mulheres decidiram criar um grupo de WattsApp para identifica­r o maior número de pessoas que se relacionar­am com ele. Isso porque foram apreendido­s vídeos nos quais Renato aparecia mantendo relações sexuais com pelo menos 20 parceiras diferentes. Entre as provas apresentad­as no processo, há vídeos de Renato praticando sexo com as vítimas e outras mulheres sem preservati­vo e depoimento­s de testemunha­s que relatam ter mantido relações sexuais com o acusado sem que tivessem sido informadas de que ele era soropositi­vo.

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REPRODUÇãO/INTERNET Renato Peixoto Leal Filho foi condenado a sete anos de prisão

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