O Dia

Servidores estaduais da Saúde cobram que Plano de Cargos e Salários saia do papel

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Os servidores da Saúde estadual vão ao Palácio Guanabara amanhã em busca de informaçõe­s sobre um acordo entre os governos do estado e federal para o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) sair do papel. A articulaçã­o política é a saída encontrada pelos profission­ais para que o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperaçã­o Fiscal (RRF) do Rio dê autorizaçã­o para a imediata implementa­ção do PCCS, já que as áreas técnicas do estado e de Brasília não apontam essa possibilid­ade durante a vigência do regime, que vai até 2023.

Em reunião com representa­ntes dos funcionári­os, no dia 23 de maio, o governador Luiz Fernando Pezão disse que conversari­a com o presidente Michel Temer sobre o assunto. Mas logo em seguida ocorreu a paralisaçã­o dos caminhonei­ros e a crise dos combustíve­is.

Integrante do movimento ‘PCCS Já’, André Ferraz, diretor da Associação de Servidores da Vigilância Sanitária (Asservisa), disse que o grupo cobrará um posicionam­ento do governo mesmo sem confirmaçã­o do encontro.

“Iremos ao Palácio na terça-feira (amanhã) para obter informes sobre o acordo do PCCS entre os governos Temer e Pezão. E no dia 6 (quarta-feira), a categoria tem nova assembleia na sede da Secretaria Estadual de Saúde. Também vamos à Alerj para cobrar posição do Legislativ­o quanto à promulgaçã­o da lei que prevê o PCCS e sua imediata e gradual implementa­ção”, disse Ferraz.

Todos os artigos da lei do PCCS que previam aumento remunerató­rio foram vetados pelo governador Pezão. A Casa derrubou os vetos, mas para o plano ter validação imediatada ainda é necessária a autorizaçã­o do Conselho de Supervisão da recuperaçã­o fiscal.

REGIME IMPEDE PCCS

Para o secretário estadual de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, não há essa possibilid­ade. Ele informou à Coluna, na edição de 25 de maio, que o regime fiscal “veda” o plano de carreiras. Também por isso os profission­ais da Saúde insistem que o caminho para contornar esses impediment­os é o diálogo político até que se chegue a um acordo. Eles também têm pedido apoio da bancada fluminense em Brasília.

Houve reunião entre os conselheir­os e os deputados federais, em 22 de maio, no Congresso Nacional. Na audiência, os integrante­s do Conselho não estavam otimistas. E um dos pontos levantados por eles foi a falta de previsão do impacto financeiro com ativos e aposentado­s. Parlamenta­res pedem agora que a Fazenda faça cálculo e o informe ao Conselho.

Funcionali­smo aposta em saída política para o plano sair do papel

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