O Dia

Instituto oferece programas que tratam de bulimia, anorexia e compulsão alimentar

Serviços gratuitos contra transtorno­s e obesidade

-

Acada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta algo em torno de R$ 500 milhões com tratamento­s e campanhas contra a obesidade. Uma estimativa da Federação Mundial de Obesidade aponta que o gasto mundial chegará a 34 bilhões de dólares (R$ 127 bilhões) em apenas oito anos. No Rio, aqueles que desejam iniciar a luta contra a balança têm a disposição um serviço gratuito oferecido pelo Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinol­ogia Luiz Capriglion­e (Iede), além de tratamento­s de distúrbios como anorexia, bulimia, compulsão alimentar e síndrome de Prader-Willi. Os pacientes também contam com o acompanham­ento antes e depois da cirurgia bariátrica.

“Os ambulatóri­os do Iede são pioneiros em diversos serviços. Oferecemos o tratamento para obesidade, síndrome metabólica e diabetes, que é referência no estado. A promoção da saúde e o controle de peso devem estar ao alcance de todos. Oferecer isso na rede estadual de saúde é o nosso papel”, explica Sérgio Gama, secretário de Estado de Saúde. O ambulatóri­o tem capacidade para atender, em média, 1,3 mil pacientes por mês de todo o estado. Eles são encaminhad­os ao hospital pela rede de atenção básica de saúde por meio da Central Estadual de Regulação.

oBesidade No BrasiL

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de pessoas com índice de massa corporal (IMC) a partir de 30 aumentou em 60%, passando de 11,8% para 18,9% entre 2006 e 2016. A estimativa é que 22% dos brasileiro­s sofram com a doença. Desses, 3% estão na faixa da obesidade mórbida.

No Iede, a principal ferramenta contra esses transtorno­s é o trabalho em equipe. Todo o tratamento é baseado no acompanham­ento multidisci­plinar. O ambulatóri­o conta com endocrinol­ogistas, psiquiatra­s, psicólogos, nutricioni­stas, assistente­s sociais e educador físico. A primeira consulta é sempre com o endocrinol­ogista. Em seguida, o paciente é encaminhad­o para as outras especialid­ades. As consultas acontecem, em média, uma vez por mês. Além de exames complement­ares, acompanham­ento nutriciona­l e orientação para exercícios físicos, também são oferecidos terapia familiar e individual. E, em alguns casos, pode ser indicada a cirurgia bariátrica, realizada em outras unidades da rede pública.

aCoMPaNHaM­eNTo

Há um ano e meio, a dona de casa Maria Batista de Souza passou pela cirurgia bariátrica. Hoje, ela faz o acompanham­ento pós-cirúrgico no hospital. “Tive diabetes por anos e consegui controlar, com a ajuda da equipe. Também fiz acompanham­ento por muito tempo contra a obesidade. Mas como não consegui emagrecer, tive que fazer a redução de estômago. Continuo indo ao Iede para manter a saúde e me cuidar, pois não posso voltar a engordar”, afirma.

“Pacientes com transtorno­s alimentare­s necessitam dessa equipe multidisci­plinar. Um único profission­al não consegue abranger a complexida­de desses transtorno­s. A mudança de hábitos, a alimentaçã­o, o controle das emoções e da compulsão alimentar são aspectos sempre em foco no tratamento”, explica Silvia Freitas, coordenado­ra do Serviço de Obesidade e Transtorno­s Alimentare­s do Iede.

 ??  ?? Serviço oferecido no Iede é referência no atendiment­o aos pacientes com obesidade
Serviço oferecido no Iede é referência no atendiment­o aos pacientes com obesidade
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil