SEIS MORTOS EM NAUFRÁGIO
Barcos naufragam na Baía de Sepetiba durante tempestade e deixam pelo menos seis mortos
Duas embarcações com pelo menos 21 pescadores naufragaram na Baía de Sepetiba, na altura de Itaguaí, na madrugada de ontem. Seis pessoas foram resgatadas já sem vida e outras seis estão desaparecidas. Nove sobreviventes foram encaminhados para o hospital da região.
Oque era para ser uma noite costumeira de pescaria entre amigos na Baía de Sepetiba terminou em tragédia e uma espera dolorida de parentes por notícias de mortos e sobreviventes. Dois barcos naufragaram, na madrugada de ontem, próximo ao Porto de Itaguaí, na Baixada Fluminense, e seis vítimas foram encontradas mortas. Até ontem à noite, nove pessoas tinham sido localizadas com vida e outras seis continuavam desaparecidas, segundo a Marinha. Os números divergem do Corpo de Bombeiros, que informou dez pessoas salvas e cinco ainda não localizadas.
A Marinha e os bombeiros do Quartel de Sepetiba foram acionados à 0h20. O Corpo de Bombeiros informou que havia 21 pessoas a bordo dos barcos pesqueiros Lucas Mar, com 12, e Guto I, com nove. As embarcações saíram do píer da Ilha da Madeira pouco depois das 19h de quintafeira e naufragaram em uma região conhecida como Laminha. Alguns sobreviventes foram resgatados da água pelos bombeiros e pelo menos três conseguiram nadar até a costa. As buscas foram interrompidas ontem às 18h e serão retomadas hoje.
De acordo com o coronel Glauco Lorite, porta-voz dos bombeiros, as condições desfavoráveis do tempo teriam sido a principal causa do acidente. “Estava ventando bastante. Houve relatos até de chuva forte e provavelmente essas embarcações emborcaram e vieram a naufragar”, disse, em entrevista no local. Ainda segundo ele, provavelmente faltaram coletes salvavidas aos pescadores.
As causas e as responsabilidades serão apuradas em inquérito instaurado pela Marinha. Somente a embarcação Guto 1 foi localizada. Os desaparecidos estavam na Lucas Mar. Aeronaves, embarcações e equipes de mergulho atuam nas buscas.
“O vento foi muito forte, bateu e o barco virou de uma vez. Não deu tempo de organizar nada”, contou Cícero Barroso, um dos sobreviventes. Fabrício Remann e Marlon Santos, que também sobreviveram, estiveram no local para reconhecer os corpos. “O barqueiro disse que o vento era sudoeste. Pediu pra gente recolher o material para ele puxar a âncora. Só que de repente veio um vento muito forte como se fosse um furacão”, relatou Marlon. De acordo com a irmã de Fabrício, Victoria Remann, o irmão estava muito abalado, teve diversos arranhões e chegou ao hospital com hipotermia.
Apenas quatro mortos foram identificados: Eliezer de Lima Barreto, Nilson Moura, Wanderley Batista dos Santos e Júlio Cesar Braz de Mesquita.
Para Marinha ainda há seis desaparecidos no mar e, para Bombeiros, cinco
Colaborou Felipe Rebouças