‘Zoação’ em Moscou sai caro
Homens dos vídeos podem ser processados na Rússia e no Brasil. Um perdeu o emprego
Um dos homens de camisa da Seleção que fizeram vídeos constrangendo mulheres russas perdeu o emprego ontem. Todos os envolvidos agora correm o risco de serem processados no país de Wladimir Putin. E mo Brasil, o Ministério Público de Santa Catarina pode instaurar um inquérito para investigar a atitude do tenente PM Eduardo Nunes, que também aparece em um vídeo.
A Latam anunciou a demissão do funcionário Felipe Wilson e divulgou nota de repúdio à atuação de seu agora ex-funcionário e afirmando que tomou as medidas cabíveis, de acordo com seu código de ética e conduta.
Em um trecho do vídeo, ele pede para as russas repetirem uma frase de baixo calão. Em seguida, Felipe aparece sorrindo e gritando “Brasil, Brasil”. Esse vídeo repercutiu menos do que um outro no qual cinco homens tentam convencer uma mulher russa a gritar um termo pejorativo referente a uma parte do corpo feminino.
Ontem, o Ministério do Interior da Rússia divulgou que está avaliando a possibilidade de abrir um inquérito contra os torcedores. Uma denúncia foi apresentada e ativistas querem que a polícia abra um inquérito. “Não podemos ainda confirmar se haverá um inquérito ou não”, explicou um assessor do Ministério do Interior ao Estado.Uma queixa formal será apresentada à embaixada brasileira em Moscou. Uma petição contra os brasileiros já reuniu cerca de 900 assinaturas.
A autora da denúncia é a advogada Alyona Popova, que citou leis russas sobre humilhação e insulto. Nesse caso, a multa pode chegar a 3 mil rublos (R$ 175). Mas também existiria a possibilidade de que os brasileiros sejam denunciados por violência da ordem pública e abusos sexuais. Uma pena de prisão, a princípio, só seria considerada se o ato for relacionado com discriminação de sexo, de raça ou nacionalidade. É exatamente nesse caso que o MP de Santa Catarina pretende enquadrar os envolvidos, na volta ao Brasil.