Votação adiada nos EUA
A votação sobre a reforma migratória dos EUA foi adiada para semana que vem.
ACâmara de Representantes (deputados) do Congresso americano adiou para a semana que vem uma votação crucial sobre a reforma migratória, em meio à polêmica sobre os mais de 2 mil menores separados de seus pais na fronteira.
Os representantes rejeitaram, em uma primeira votação, um projeto de lei de perfil conservador e as negociações afundaram antes da consideração de outro texto, mais moderado.
Diante desse cenário, os líderes das várias tendências na bancada do Partido Republicano iniciaram uma reunião privada, aparentemente em uma tentativa de chegar a algum tipo de consenso.
Nas últimas duas semanas, o presidente Trump e vários membros do gabinete repetiram, como um mantra, que a chave para a solução para a crise de separação de famílias está no Congresso, que devia aprovar uma lei migratória.
Em incontáveis mensagens e declarações, Trump responsabilizou diretamente os congressistas do Partido Democrata, os quais acusou de obstruir o caminho para uma solução. Na verdade, as negociações afundaram por divisões entre os republicanos.
Trump também acusou o Partido Democrata de divulgar “falsas histórias de tristeza e luto sobre as crianças separadas de seus pais imigrantes na fronteira com o México.
A discussão de uma lei de reforma do sistema migratório se movia com avanços e recuos no Congresso, há algum tempo, mas o tema se acelerou significativamente a partir de maio, logo após a adoção da política de ‘tolerância zero’ com a imigração ilegal.
A política adotada por Trump determina que todos os adultos que entrarem de modo ilegal nos EUA devem ser detidos e processados criminalmente. Isso significa que os filhos menores de idade desses adultos são separados e retidos em albergues dispersos por todo país até o fim do processo de seus pais.